O efeito da operação Lava Jato, que teve como alvo principal o ex-presidente Lula com a finalidade de retira-lo das eleições de 2018, permitindo então a vitória fraudada do fascista Bolsonaro, ou seja, uma operação de grande perseguição política nua e crua contra a esquerda do modo geral, continua perpetuando no país sob vários acontecimentos, como é o caso que ocorreu com os estudantes da UFPB, que estão sendo ameaçados de serem expulsos por simplesmente defenderem a autonomia universitária, pois a carta criticava a intervenção do governo fraudulento de nomear o terceiro colocado Valdiney Gouveia como reitor.
O presidente fascista Bolsonaro se sente a vontade de fazer medidas como esta pois sabe que a esquerda de modo geral não reage à altura. A reação dos universitários, no entanto, está começando aos poucos a ter um modo mais combativo e isso é importante para que seja um motor de luta constante para agregar cada vez mais a juventude na luta não somente contra a ditadura do Valdiney, como também do golpe como um todo.
Desse modo é interessante fazer uma relação a respeito da Operação Lava Jato com as ameaças aos estudantes. Isso evidencia o quanto que a direita não está de modo algum sob uma condição de diálogo com a esquerda. É como se esta ameaça arbitrária vinda do reitor golpista fosse um membro do corpo da operação, mais um exemplo que o PCO alertava no começo das ações truculentas da operação, em que a esquerda pequeno-burguesa, principalmente o PSOL, fazia o coro no suposto combate a corrupção. Agora estamos sentindo diariamente na pele o efeito da intensificação do poder judiciário burguês na política. Nas eleições o PCO sofreu diversas ações judiciais sem nenhum vestígio democrático, apenas servindo para nos perseguir, tal qual como ocorreu contra o Lula.
Vale ainda dizer que a UFPB, caso não haja uma reação à altura do movimento estudantil, será um laboratório de ataques para além dessas ameaças, pois além da perseguição política, tal qual como foi a operação lava jato que extendeu a política do golpe de estado como corte de verbas para o ensino superior (pesquisas, infra-estrutura, salário digno aos funcionários e professores), o reitor golpista terá planos para até mesmo privatiza-la, como é o comando do imperialismo na educação.
Portanto, trata-se de mais um avanço do golpe e que não será por vias institucionais como uma carta pública que resolverá problemas como este. É preciso impulsionar um programas de luta nesta universidade que põe abaixo a ditadura da UFPB, como já vem acontecendo na ocupação da reitoria. É preciso que o movimento estudantil tenha como palavra-de-ordem principal o “Fora Bolsonaro e todos os golpistas!” e “Fora Valdiney!” para finalmente conquistar a sua autonomia!