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UFSC

Estudantes de Santa Catarina mostram o caminho lutar contra Bolsonaro

Milhares de estudantes rompem bloqueio e se colocam em luta contra Bolsonaro

Cerca de seis mil manifestantes, entre docentes, servidores, estudantes e entidades representativas da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC),  rejeitaram, integralmente, a adesão da instituição ao programa Future-se, proposto pelo Ministério da Educação (MEC).

Em sessão aberta, realizada na última terça-feira, milhares de manifestantes, com um recorde de mobilização na aquela universidade, aprovaram por maioria absoluta a rejeição ao programa de destruição das universidades públicas, o Future-se, votando moção de repúdio, aprovada por maioria absoluta dos presentes.

Outra questão de revolta entre todos os presentes é o bloqueio de recursos à universidade, vários setores da universidade vem sentindo na  o contexto de medidas de bloqueio de verbas pelo próprio governo federal.

Durante a manifestação o reitor Ubaldo Cesar Balthazar disse que a Universidade deu o recado para a sociedade brasileira e, principalmente, para o governo golpista brasileiro. O reitor enfatizou que a instituição lutará contra a precarização e destruição da Universidade. “A nossa luta vai ser grande, mas não vai ser inglória. Nós vamos lutar para alcançar uma Universidade melhor do que essa que está aqui”.

Leiam abaixo a íntegra da moção do Conselho Universitário da UFSC, sobre o programa Future-se:

O Conselho Universitário da UFSC, reunido em sessão aberta, realizada em 3 de setembro de 2019, vem a público manifestar seu posicionamento de rejeição integral à proposta do Ministério da Educação, expressa no programa “Future-se”.

Essa decisão é resultado também do posicionamento de um conjunto de Unidades Acadêmicas, além das entidades representativas de docentes, servidores técnico-administrativos em Educação e de estudantes, que foi construída a partir da análise e discussões da minuta de PL disponibilizada pelo MEC. É resultado também da atividade de Grupo de Trabalho, a quem coube subsidiar as discussões e induzir debates e reflexões sobre a proposta do MEC.

Num contexto de medidas de bloqueio e drásticos cortes orçamentários ao qual estão submetidas as IFEs e da absoluta ausência de diálogo para a propositura desse Programa, a análise do PL trouxe muitas incertezas quanto aos reais benefícios em prol da manutenção financeira de todo o sistema universitário público e muitas dúvidas a respeito dos impactos acadêmicos que o Programa pode trazer às IFEs. O PL ignora ainda aspectos importantes, como:

Áreas acadêmicas sem conexão imediata com as necessidades do mercado;

O papel das unidades descentralizadas das IFEs e sua importância no desenvolvimento regional;

A alteração de leis que confrontam as políticas públicas de educação consolidadas;

A autonomia universitária prevista no Artigo 207 da Constituição Federal de 1988;

As iniciativas das IFEs na área de Internacionalização;

A inserção fundamental do SUS como único sistema presente nos hospitais universitários.

Através do posicionamento de rejeição do Programa Future-se reforçamos fortemente a defesa inarredável de princípios inegociáveis das Universidades Públicas Brasileiras:

– a plena autonomia constitucional, de gestão financeira, administrativa e pedagógica;

– o respeito à democracia interna das IFEs;

– a indissociabilidade do ensino, pesquisa e extensão;

– o financiamento do Sistema de Ensino Superior Público como dever do Estado;

– a garantia de Políticas estruturantes de apoio à permanência estudantil;

– a preservação das múltiplas vocações, da pluralidade acadêmica e da dimensão social das IFEs.

O Conselho Universitário, cumprindo sua função de instância máxima de deliberação da UFSC, reitera, por meio deste documento, sua exigência que o governo federal desbloqueie imediatamente os recursos orçamentários que as universidades têm direito. Com a presente decisão também reiteramos nossa permanente disposição ao diálogo com o MEC para o aperfeiçoamento das IFES.

Florianópolis, 03 de setembro de 2019.

A mobilização da UFSC deve se estender para todas as universidades federais do país, mas deve ter claro que estas enormes manifestações por unidades devem ter como meta que a luta não pode ser apenas contra o Future-se, para ser vitoriosa, deve seguir o repúdio de milhares de manifestantes presentes que gritavam e exigiam o Fora Bolsonaro.

No entanto, as direções da mobilização precisam romper o bloqueio que as mesmas impõe a esta luta e levantar como mote principal a luta pela derrubada do governo como o único meio para derrotar o Future-se, assim como toda a destruição que este governo golpista impõe a toda população brasileira.

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