Estudantes da Universidade Federal Rural do Semiárido (Ufersa) do Rio Grande do Norte realizaram na manhã desta segunda-feira (31) um protesto contra a nomeação bolsonarista da nova reitoria da Universidade, Ludimilla Oliveira.
Mais uma intervenção bolsonarista
Ludimila Oliveira foi a terceira colocada da lista tríplice encaminhada ao Ministério da Educação e ficará à frente da Universidade por 4 anos.
”A comunidade acadêmica não concorda (com a nomeação). É a voz da comunidade acadêmica, uma vez que ela não foi eleita democraticamente. A categoria dos técnicos veio reafirmar que essa pessoa nomeada não nos representa enquanto reitora”, disse Kaliane Morais, coordenadora do Sintest, Sindicato Estadual dos Trabalhadores em Educação do Ensino Superior.
O anúncio da nomeação foi feito durante a visita do Presidente ilegítimo fascista da República, Jair Bolsonaro, a Mossoró no dia 21 de agosto de 2020, mas ela começou a exercer a função nesta segunda dia 1 de setembro.
Estudantes acertam em se opôr a ditadura na universidade
O ato foi organizado pelo Diretório Central dos Estudantes (DCE) e com o apoio do Sintest/RN, começou por volta das 8h30. Os manifestantes se concentraram em frente a Ufersa e chegaram a bloquear um trecho da BR-110 por alguns minutos. Eles usaram faixas pedindo a saída da nova reitora.
Os manifestantes também entraram no prédio da Reitoria gritando palavras de ordem. Cerca de 100 pessoas participaram do ato.
“O objetivo desse ato é lutar contra essa intervenção que vem acontecendo na nossa universidade e contra todo projeto que ela representa. A a gente tá aqui fazendo resistência e queremos reverter essa intervenção. Queremos a posse do nosso reitor eleito”, afirmou a presidente do DCE, Ana Flávia Lira.
Moblizar por um governo tripartite
O acontecimento representa a política correta dos estudantes diante dos ataques da burguesia e tentativas de aparelhar as instituições de ensino pelo fascismo bolsonarista.
Existe uma necessidade urgente de mobilizar os estudantes nacionalmente por governos tripartite, formado não apenas por professores e servidores mas também estudantes, e que os chamados conselhos superiores tenham número de assentos proporcional à presença de cada um destes três setores nas universidades, escolas e institutos federais.
Diante deste fato, é preciso reforçar que o Partido da Causa Operária (PCO) e sua juventude representada pela AJR (Aliança da Juventude Revolucionária) são terminantemente contra a eleição indireta para reitor.
Nas condições atuais, o reitor vira uma espécie de monarca da universidade, onde ninguém o elege. Agora Bolsonaro está colocando seus carrascos para atacar o movimento estudantil e os professores, mantendo um regime de terror e aprisionamento das liberdades democráticas dentro das universidades.
O PCO defende o governo tripartite e a autonomia universitária. Que a comunidade acadêmica escolha seus representantes de forma autônoma!
Fora Bolsonaro! Fora interventores!