Como não poderia faltar neste ano, os governos direitistas que controlam as prefeituras e estados em todo o País deixaram para o povo um tradicional presente de fim de ano, o aumento nas passagens de ônibus, metrô e trens.
Na principal cidade do País, São Paulo, o prefeito Bruno Covas (PSDB) fez uma ação conjunta com o seu colega de partido, o governador fascista João Doria, e anunciou nesta semana um aumento de 4,30 para 4,40 reais nas passagens do transporte público. De acordo com ambos os apoiadores do regime golpista a nível nacional, o aumento nas passagens se deveria à típica desculpa dos “altos custos” que o Estado teria em fornecer os precários e limitados sistemas de transporte.
A alteração se deu de maneira ainda maior no município de Americana, também no estado de São Paulo, onde a alteração de preços teve um aumento absurdo, saindo dos 4,00 reais para 4,70, um aumento de 17%, sendo ainda maior que os 10% planejados para o meio do ano.
Contudo, como não bastasse os preços altíssimos que impedem o real usuário do serviço, os trabalhadores e estudantes, de utilizarem-no, a empresa que cuida dos transportes na cidade da região de Campinas ainda promete lutar com a prefeitura para garantir um preço ainda maior, de R$5,15, um aumento de mais de 1 real na passagem.
Toda esta política refletida nos exemplos dados acima representam mais um ataque dos golpistas contra a população, e neste caso em especial, principalmente os estudantes. Por todo o País, um dos maiores usuários dos transportes públicos são os estudantes, que muitas vezes desde o ensino básico são obrigados por necessidade a utilizarem os ônibus e metrôs de suas respectivas cidades.
Para um estudante, que em muitos casos também encontra-se desempregado, as condições atuais envolvendo as tarifas de ônibus já são suficientes para impedir que muitos consigam se locomover como desejado, fazendo sacrifícios na renda familiar para sustentar passagens que no mínimo custam R$ 4,30. Levando em conta ida e volta, por um mês, vemos esse valor pesar em mais de 200 reais, em um ano passa-se de R$ 2.500, algo completamente fora da realidade de considerável parte da população brasileira.
Com este ataque somado à total destruição e privatização do ensino, vemos que a direita busca eliminar de todas as formas a possibilidade do pobre estudar no País, fortalecendo a evasão e destruindo todo sistema educacional e cultural.
Porém, em resposta aos golpistas, precisamos organizar, assim como foi feito no ano de 2019, toda a comunidade acadêmica explorada, toda a juventude do País que sofre diariamente com estes ataques, para uma grande mobilização contra os governos direitistas nos estados e pela derrubada do regime golpista.
O movimento estudantil já se mostrou diversas vezes na história deste País como uma fundamental força popular, capaz de colocar em xeque o golpe e os fascistas que buscam infligir ataques contra o povo em todo o Brasil. Se no ano de 2019 milhões de pessoas saíram às ruas graças as manifestações que partiram das universidades, o ano de 2020 necessita de um aprofundamento desta mobilização.
Os ataques são muitos, cada vez maiores, destruindo a educação, fazendo com que o povo pague os duros custos da crise, e assassinando a população nas periferias. Necessitamos pôr um fim a tudo isso, e o aumento das passagens, que afeta duramente o povo pobre, deve ser usado como um estopim da revolta popular entre a juventude.
O ano de 2020 já deve começar com grandes mobilizações contra o aumento das passagens! Nas redes sociais já vemos de forma sintomática um forte desejo de sair às ruas, levantando até mesmo a necessidade de realizar-se novos atos públicos já no primeiro mês. Este é o caminho, e o movimento estudantil cumpre fundamental tarefa neste momento.
Às ruas contra o aumento das passagens! Fora Doria, fora Witzel e todos os governadores golpistas! Fora Bolsonaro!