O Brasil vive um eterno primeiro de abril, onde o governo ilegítimo de Jair Bolsonaro e os governadores e prefeitos “científicos” e “civilizados” fazem o povo de trouxa. O estoque de vacinas contra a COVID-19 está quase zerado no País.
Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Florianópolis e outras capitais do país estão a vacinar a conta-gotas. Em um ritmo que, se mantido, só vacinará a população inteira quando já tiver todo mundo morrido da doença. Isto para que não apareça nas manchetes da imprensa burguesa que as vacinas acabaram.
Apesar da propaganda dos governadores científicos, o genocídio da população continua a crescer em larga escala. O país, que antes assustava-se quando o número passava, por pouco, as mil mortes diárias, agora, convive com mais de 1.300 novos mortos pela COVID-19 diariamente. O programa de vacinação anunciado, de maneira demagógica e oportunista pelos governadores “científicos”, não ocorre. Na verdade, nunca existiu vacinação de fato.
O que ocorreu foi apenas um circo armado pelo, em vida canonizado (pela histérica pequena burguesia), João Dória, governador do estado com o maior número de mortos no país, para se autopromover às custas do desespero de parte da população.
Os demais governadores e prefeitos “científicos”, que de otários nada têm, surfaram na “onda doriana”, de patológico egocentrismo, e também fizeram um sem número de palhaçadas, como Eduardo Paes promovendo a vacinação aos pés do Cristo Redentor. Seria cômico se não fosse triste.
A pequena burguesia, que parece pagar imposto nenhum para passar vergonha, publicizava seus delírios doentios nas redes sociais, achando, de maneira tão ingênua a beirar a mais completa idiotia, que logo seriam vacinados. Os elogios rasgados a “São João Dória da Vacina” deixaram bem claro que os sempre prontos a histeria caíam como patinhos na propaganda enganosa do playboy tucano.
Doria não cansa de dizer que a vacina é do Instituto Butantan, mas isso não passa de conversa para boi dormir. Até o Coronavírus sabe que a vacina de brasileira tem nada, sendo o país apenas um importador da mesma.
Que pese o fato de que boa parte dos governadores foi a favor do golpe de 2016 e da destruição do Estado brasileiro. Estes continuam os ataques a todo e qualquer investimento em ciência e inovação no país. Todos encampam a genocida política de austeridade, onde a austeridade é somente para o povo.
Recentemente, João Doria e a direita golpista em São Paulo aprovaram a extinção de um sem número de fundações e autarquias estaduais de grande importância para a população, além de aumentarem os impostos sobre produtos alimentícios. O objetivo, aqui, é criar caixa para comprar a vacina mais cara e ineficiente do mundo.
Enquanto o Brasil mendiga vacinas por aí, países que sofrem seguidos ataques do imperialismo, como Rússia, Cuba e China já produzem suas próprias vacinas. A Rússia anunciou que está produzindo sua terceira vacina. Cuba está terminando duas. Já a China vai para sua quarta vacina.
Dado o fiasco da mentirosa campanha de vacinação, a direita “civilizada” coloca a culpa do fracasso toda no presidente ilegítimo Jair Bolsonaro. Isto até faria algum sentido, não tivessem os “civilizados” sido os principais responsáveis pela subida do fascista-líder ao poder, além de sequer enfrentarem o fascista com medidas que não foram além de palavras ao vento.
De fato, Jair Bolsonaro é o grande nome do genocídio que ocorre de norte a sul do país. Todavia, fica, cada vez mais claro, que os governadores e prefeitos “científicos” também nada fizeram, mandando, apenas a população ficar em casa.
Em São Paulo, de João Doria, nunca se conseguiu manter mais de 60% da população em isolamento. Isto sem contar os inúmeros despejos motivados por ações do próprio governo do Estado.
No Rio de Janeiro, hospitais de campanha, que custaram o olho da cara, foram fechados sem nem mesmo ter atendido um paciente sequer.
Nem os governadores da esquerda se salvaram. Basta ver o papel desempenhado pelo governador da Bahia, Rui Costa (PT), que colocou-se como testa-de-ferro de todas as políticas de repressão e genocídio da direita golpista, enquanto o presidente do DEM, ACM Neto, ficava com os louros e glórias. Em março e abril do ano passado, o subúrbio de Salvador ficou quase dois meses sem água, enquanto o governador mandava, na televisão, o povo lavar as mãos. Nem um carro-pipa o governador teve a capacidade de enviar para as comunidades que lá vivem. Mas para mandar a Polícia Militar da Bahia prender quem “fura” o toque de recolher, Rui Costa é um verdadeiro ás.
Já o frenteamplista e governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), nos primeiros meses da pandemia, ordenou a reabertura de todas as indústrias no estado, colocando a classe operária para morrer. O mesmo governador também foi o arquiteto do escatológico “comitê” para combater o desemprego, em que até o fascista Bolsonaro foi convidado.
Agora, sem vacinas e empilhando corpos, os governadores e prefeitos apelam para o “lugar de criança é na escola”. Pressionados pelas escolas e faculdades particulares, fazem de tudo para tentar baixar o número de mortos e a taxa de ocupação das Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs). Afinal, fica complicado ser “científico” e “civilizado” mandando crianças para escola e, ao mesmo tempo, não ter nem onde enterrar um sem fim de cadáveres.
Em São Paulo e no Amazonas, o retorno às aulas foi um desastre total. Educadores e alunos infectados aumentaram, ainda mais, o problema. Os professores paulistas entraram em greve e merecem todo apoio da esquerda e das demais categorias de trabalhadores.
Na Bahia e no Rio Grande do Sul, os governadores Rui Costa (PT) e Eduardo Leite (PSDB) impuseram toque de recolher das 22 horas às 5 horas como medida para conter a propagação do vírus. Ao que parece, pautados numa “ciência” própria e secreta, descobriram que o Coronavírus só “funciona” a noite.
Na sexta-feira, Rui Costa foi à TV Bahia (que pertence à família de ACM Neto) dizer que tomará medidas ainda mais agressivas (leia-se repressivas) para conter o vírus. Entretanto, se engana quem acha que o governador irá dar condições materiais para que a classe trabalhadora fique em casa. Pelo contrário, a população do estado mais negro do País que se prepare para receber socos e pontapés da fascista polícia baiana.
Em Salvador, o prefeito Bruno Reis prometeu à APLB (sindicato dos professores) colocar os professores como grupo prioritário para vacinação. O fato foi comemorado pelo sindicato, todavia, é mais fácil ganhar na loteria que encontrar vacinas em Salvador.
A tal campanha de vacinação é uma grande fraude. Feita para enganar apenas aqueles que querem ser enganados. Não há vacinas para todos. A grande maioria da população sabe disso e está pronta para se rebelar contra os golpistas e os demagogos.
Portanto, é necessário canalizar esta revolta popular em um grande movimento de massas. A população está cansada de mentiras e de ser passada para trás. Deve-se colocar o povo na rua para derrubar o governo ilegítimo do fascista Bolsonaro e colocar em xeque a política genocida tomada pelos “científicos” e “civilizados”.