Está estátua já havia sido desfigurada no fim de semana, com manchas de tinta vermelha, e, como de praxe, as autoridades estão conduzindo uma investigação e procurando possíveis testemunhas.
Em outra oportunidade, apenas um dia atrás, um busto de Leopoldo II em Ghent, também na Bélgica, foi borrifado com tinta vermelha e marcado: ‘Não consigo respirar’, citando as palavras finais de George Floyd, um negro assassinado pela polícia dos EUA por asfixia.
No Twitter, o jornalista Darren McCaffrey escreveu: “Uma estátua de Leopoldo II, em Antuérpia, incendiada, agora está sendo removida para ser colocada em um museu. Os ativistas estão pedindo que outras estátuas em outros lugares, inclusive em Bruxelas, sejam derrubadas”
NEW: A statue of Leopold II in Antwerp that had been set on fire, has now being removed, to be placed into a museum
Campaigners are calling for other statues elsewhere, including in Brussels to be taken down…pic.twitter.com/URk9LjZQzK
— Darren McCaffrey (@darrenmccaffrey) June 9, 2020
O regime da colônia africana de Leopoldo II, o Estado Livre do Congo, tornou-se um dos escândalos internacionais mais genocidas da virada do século XIX para o século XX. O relatório de 1904, escrito pelo cônsul britânico Roger Casement, levou à prisão e à punição de oficiais brancos que tinham sido responsáveis por matanças a sangue frio durante uma expedição de coleta de borracha em 1903 (incluindo um indivíduo belga que matou a tiros pelo menos 122 congoleses). A Bélgica proporcionou um regime de escravidão, barbárie, onde há muitas fotos mostrando que os europeus cortavam os braços e pernas dos negros com facão, estupradas mulheres e tudo de mais horrível que se possa imaginar.