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Estatização de todas as empresas farmacêuticas

O uso privado das vacinas contra o coronavírus está levando o mundo a um número de mortes comparável às grandes guerras imperialistas

Uma ano e meio depois do surgimento dos primeiros casos da COVID-19, a crise sanitária em todo o mundo se resumo a um único problema: a vacinação de todos os povos do planeta. A vacina já existe — inclusive, em formas variadas — e a sua eficácia já foi, em certa medida, comprovada. Embora o isolamento social sirva para diminuir o contágio, embora os testes sejam importantes para isolar os doentes e permitir medidas preventivas, embora a construção de hospitais e a contratação de médicos sejam uma necessidade para cuidar dos milhões de enfermos, a vacinação imediata e irrestrita é o único meio de liquidar o coronavírus na atual etapa.

A vacinação, contudo, se encontra diante de uma grande barreira. Embora tenha vencido os desafios que a ciência impõe — a coleta de amostras, a pesquisa, os inúmeros testes, etc. —, ela sofre para ser aplicada por motivos econômicos muito claros. Não há vacina para os brasileiros, para os africanos, para os indianos, nem mesmo para os trabalhadores dos países desenvolvidos, porque a vacina está nas mãos de uma corja cujo único interesse é enriquecer ainda mais com a pandemia.

Essa corja são os conhecidos monopólios capitalistas, donos das economias de todo o mundo e, por conseguinte, donos dos governos de todo o mundo. Assim como as poucas empresas no mundo que controlam, a curtas rédeas, a produção e a venda do petróleo no planeta pressionam os governos imperialistas para entrarem em guerra com o Oriente Médio e a Venezuela, os monopólios da indústria farmacêutica não permitem que o progresso científico seja utilizado para o bem da humanidade.

Duas doses (necessário para uma pessoa) da vacina da Pfizer, a mais vampiresca das farmacêuticas que produzem vacinas contra a Covid-19, custam US$ 39,00, um valor que, ao ser multiplicado por dezenas de milhões de pessoas é impagável para muitas nações. Para a nação africana de Moçambique seria como gastar 10% do PIB em imunizantes. Mas esse não é o único problema. Os que têm como pagar tem que esperar na fila. Afinal a própria Pfizer não consegue entregar doses na velocidade necessárias para salvar vidas. E ninguém mais pode produzir também.

As empresas que estão por trás da produção e da comercialização da vacina contra a COVID-19 são monopólios que, por sua própria natureza, são verdadeiros parasitas, que utilizam o poder econômico e político para esmagar a concorrência. Essas poucas empresas se impõem como as únicas a desenvolver a vacina não por serem mais competentes, mas simplesmente por impedirem que empresas menores, menos vinculadas às máfias das farmacêuticas, consigam se desenvolver. E é por ter esse caráter parasitário que os monopólios não estão interessados em vacinar a população em massa: como seu lucro é garantido não pela competição, mas pela truculência, os monopólios só conseguem manter a seu lucro se forem os únicos a produzirem a vacina, o que leva, inevitavelmente, a um gargalo.

Esse gargalo é criminoso. A quantidade de mortos no Brasil desde o período em que foi iniciada a vacinação da população simplesmente dobrou. E não há sinais de que o quadro melhorará nem tão cedo, pois o País continua carecendo miseravelmente de vacinas. Enquanto isso, a BioNTech, associada da Pfizer na vacina do coronavírus, cresceu seus rendimentos de 27,7 milhões de euros para nada menos que 2,08 bilhões, disparando na bolsa. Os números mostram claramente: por causa do lucro desses monopólios, empresas como a Pfizer estão dizimando uma quantidade de pessoas de dar inveja às câmeras de gás nazistas.

Nenhuma organização que defenda o povo deve ter compromisso nenhum com os lucros criminosos dos monopólios. Para arrancar a vacina das mãos dos capitalistas genocidas, é dever da esquerda e de todo o movimento operário levantar as palavras de ordem de “quebra das patentes” e de “estatização de todas as empresas farmacêuticas”. Não se trata, inclusive, de uma política a ser defendida unicamente pelos socialistas: neste momento, trata-se de uma política democrática básica. Ou o povo perecerá por causa dos interesses escusos de meia dúzia de capitalistas, ou a saúde ficará a reboque dos interesses de toda a população. Não há meio termo possível.

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