Os norte-americanos registraram crescimento do desemprego nos últimos censos. Segundo dados do Departamento de Trabalho dos Estados Unidos, até última semana de junho, terminada no dia 26, sexta-feira, foram solicitados 1,427 milhões de seguros-desemprego.
Dessa forma, a maior economia capitalista do planeta confere seus planos de recuperação irem por água abaixo, com números negativos, demonstrando sérias dificuldades econômicas na reabertura após a crise pandêmica no país. Mesmo no Texas, estado que tem a segunda maior no ranking estadunidense, as taxas de desemprego são catastróficas.
O mês de junho registrou taxa de desemprego de 11,1%, segundo o Departamento, com indicações de crescimento. A média de solicitação do seguro-desemprego é de 1,5 milhões por semana no último mês. Este é o resultado desastroso de uma tentativa de recuperação, na qual a imprensa informa que o país criou mais de 4 milhões de vagas.
No mês de abril, o desemprego foi de 14,7%, segundo o mesmo órgão, quando mais de 20 milhões de pessoas ficaram desempregadas. Este é um recorde desde a Segunda Guerra Mundial, e um dos mais desastrosos desde a crise da década de 30, onde foram registrados mais 27% de população desempregada. Entretanto, há dados que demonstram uma situação ainda pior. Segundo os analistas David Mericle e Ronnie Walker, economistas norte-americanos do Goldman Sachs Group, o desemprego no mês de abril, na verdade, foi de 25%.
A imprensa burguesa e os capitalistas culpam o período de recessão causado pelas medidas de isolamento por conta do coronavírus. No entanto, é preciso dizer que isso não passa de uma grande balela dos meios de comunicação da burguesia, que trabalham para o imperialismo. Não há como negar que, por onde passou, a pandemia abalou drasticamente a indústria e o comércio nos países, no entanto, é preciso destacar que as medidas tomadas pelos capitalistas para enfrentar a pandemia foram de caráter criminoso, atuando no sentido de salvar os grandes empresários, e abandonar à sorte a classe trabalhadora pobre.
Os Estados Unidos chegaram a ser epicentro da pandemia, posto que agora é do Brasil, e as mortes por corona vírus passaram de 132 mil, em uma crise sanitária que ainda não chegou ao fim. Isso, em si, é um reflexo É o país que mais teve mortes pela doença no mundo, e isso não é uma coincidência para um país onde o capitalismo já é desenvolvido e é o mais rico do mundo. O fato é que não se importam com a vida da população pobre. Não há para onde correr, o desemprego continuará em crescimento.
O Brasil tende a seguir com as mesmas dificuldades, no entanto, de maneira mais extremada. Mesmo os números norte-americanos sendo astronômicos, a proporção do número de mortes pelo total da população mostra que o Brasil vai ainda pior.
Além disso, a perspectiva de desastre econômico para os brasileiros é fortalecida pelo entreguismo do governo Bolsonaro que, ao mesmo tempo que diz “Brasil acima de todos”, aplica uma política de privatização que vende as riquezas do País para o capital estrangeiro, demostrando ser um grande mentiroso, e um ótimo capacho dos capitais estrangeiros, sobretudo dos Estados Unidos.