No apagar das luzes do seu governo, o fantoche Temer espetado pela baioneta do seu ministro general Sérgio Etchgoyen, assinou decreto nessa segunda-feira (15/08), que cria a Força-Tarefa de Inteligência para o enfrentamento ao crime organizado no Brasil.
Por trás do nome pomposo, o que assistimos é o avanço dos militares em sua “tarefa”, essa verdadeira, de aprofundar a repressão contra a população, provavelmente valendo-se das técnicas utilizadas na ocupação militar no Estado do Rio de Janeiro, para expandi-las para todo o país.
O grupo será coordenado pelo Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, portanto comandado pelo próprio Etchgoyen e contará ainda com membros da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Centros de Inteligência da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, Conselho de Controle das Atividades Financeiras do Ministério da Fazenda, Receita Federal, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Departamento Penitenciário Nacional e Secretaria Nacional de Segurança Pública.
Segundo informações que circulam na imprensa golpista, a criação da força-tarefa vai de encontro às formulações que o candidato da extrema-direita tem defendido para a área de segurança pública. Ou seja, o aprofundamento em larga escala do estado policial existente no país.
Como se vê, o aparato militar brasileiro tem o seu plano traçado, como bem expressou o candidato à vice na chapa de Bolsonaro, general Hamilton Mourão, em palestra no final de 2017 sobre a política do militares de “aproximações sucessivas”.
Em contrapartida, a esquerda permanece absolutamente anestesiada com a fantasia de derrotar a direita nas urnas. Sem dúvidas que esse é o caminho do fracasso. A única maneira efetiva de enfrentar a sanha golpista dos militares é trazer o povo para as ruas, a começar pela retomada da luta em torno da liberdade de Lula e da denúncia da fraude eleitoral.