A suspensão do calendário futebolístico em todo o país em virtude da pandemia de COVID19 vem dando uma outra utilidade impensada até então aos estádios de futebol, como se observa no Maracanã, Estádio Mané Garrincha e Pacaembu, que estão em vias de serem utilizados como locais de instalação de hospitais de campanha para o controle da pademia no país em seus respectivos estados.
O caso do Pacaembu é o que mais chama a atenção, de acordo com fontes oficiais, afinal toda a estrutura será montada com recursos do estado e do município de São Paulo, no entanto deve-se considerar que este estádio foi privatizado no fim de 2019 sendo cedido à empresa Allegra Paceambu, ao mesmo tempo o estabelecimento de saúde de caráter temporário será administrado pelo Hospital Isrelita Albert Einstein. Mostrando que mesmo em tempos de crise na saúde, a política liberal sobre a saúde se mantém.
A solução dessa crise na saúde exige um esforço real dos estados tanto do ponto de vista socioeconômico, possibilitando uma subsistência digna aos trabalhadores, mas também com serviços de saúde efetivamente comprometidos com a saúde da população e não com o lucro. Daí a necessidade de um SUS 100% público, o que só será conquistado com a luta organizada da população trabalhadora.