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Estadão faz propaganda do Caixa Tem e de sua privatização

A intenção é oferecer um ótimo negócio para a iniciativa privada monopolista e imperialista. Quem perde é o povo, que já conta com menos recursos para a educação, saúde e moradia.

A Caixa Federal, por ocasião de fazer os pagamentos do auxílio emergencial criou o aplicativo Caixa Tem, uma conta digital. Com o fim do pagamento desse auxílio, que ocorreu em dezembro passado, o aplicativo tendia a ficar em desuso. Para não perder o sistema, a Caixa Federal optou por criar o banco digital a partir dele, e aguarda aval do Banco Central para poder operar.

O aplicativo já conta com a possibilidade de receber os saques emergenciais do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) e agora que a Caixa fará a gestão e os pagamentos dos seguros do DPVAT, que é quando por motivo de acidentes no trânsito as vítimas serão indenizadas, esse pagamento será feito através do aplicativo em conta digital também.

O DPVAT faz cerca de 600 mil pagamentos por ano. A Caixa está para incluir também um programa de microfinanças com empréstimos de R$ 500 a R$ 2 mil. O aplicativo conta hoje com cerca de 105 milhões de clientes cadastrados e serão somados os do DPVAT e os de microfinanças. Isso equivale a mais da metade da população brasileira.

O banco opera o programa Casa Verde Amarela, antigo Minha Casa Minha Vida do PT, sendo responsável por 99,9% dos financiamentos para esses imóveis. Estão sendo procurados por lojas de materiais para construção, ferragens e varejos que tem a intenção de oferecer seus produtos aos clientes do banco. Provável que seja pelo alcance que o banco tem em praticamente todos os municípios brasileiros, apenas quatro dos 5,5 mil municípios não têm representação da Caixa. São 25 mil pontos de rede física e apresentou lucro líquido de 21,1 bilhões em 2019

Com toda essa situação favorável que o banco tem, estão dispostos a criar um Marketplace, uma espécie de shopping center virtual, como alguns já existentes na internet e em bancos virtuais. E as chances de enorme sucesso são grandes, pois a plataforma conta com um público que abrange cerca de metade da população e contam com 16 milhões de CPF cadastrados na chave Pix do Banco Central.

Com tudo isso, o presidente da Caixa Federal, Pedro Duarte Guimarães, quer esperar realizar o banco digital e o marketplace e em seguida lançar o IPO, que é a sigla em inglês para colocar ações do banco na bolsa de valores. Para bom entendedor, trata-se de dividir os lucros com acionistas privados e possivelmente vender o restante das ações para a iniciativa privada, dito de outra forma, privatizar. Esta é a síntese de matéria do jornal golpista O Estadão.

Como exposto acima, estão querendo entregar outro patrimônio do povo, a CEF, altamente lucrativa para a iniciativa privada imperialista e monopolista. Como dito em campanha pelo atual presidente da República, o fascista Bolsonaro, vamos privatizar tudo, todo o estado.

Já ocorreu a privatização das loterias e outras subsidiárias da Caixa e Banco do Brasil, Correios, Copel inteira, e tantas outras estão a caminho. Neste momento ficou claro que o presidente da Caixa Federal está direcionando o caminho para a privatização do banco público, pela abertura do capital do banco nas bolsas de valores. Onde vai parar isso? Na privatização é claro.

As empresas recorrem à captação de recursos na bolsa de valores quando querem fazer investimentos e ampliar o negócio e depois repartir o resultado, o lucro com quem apostou no sucesso do investimento. Neste caso o banco primeiro faz todo o investimento e depois disponibiliza ações para o mercado apenas dividindo os lucros. Quem não quer uma fatia de filé mignon de graça?  Sem risco?

Como Bolsonaro está com dificuldades para privatizar tudo, como prometeu em campanha, optou por fatiar as empresas estatais do povo, e vender fatias delas. Esse é o processo em andamento desde o início do governo fascista.

Com a Caixa ocorre o mesmo, depois de diminuir a participação da Caixa Seguros no mercado, quando era uma das 5 maiores operadoras, e autorizou a iniciativa privada a operar no segmento de loterias, onde a exclusividade era do banco desde 1961 com o decreto do presidente da República na época, Jânio Quadros. Está dividindo a participação do estado, lucrativa, com a iniciativa privada. Como boa parte dos recursos das loterias eram destinados à saúde, educação e outros benefícios sociais, com a participação de empresas privadas vão diminuir as verbas para o setor social.

Fora isso, a matéria do Estadão está na verdade promovendo o banco digital da Caixa, como de fato, é muito promissor, envolvendo na plataforma metade da população como nenhuma empresa seria capaz de atingir, e assim oferecer um bom negócio para quem tem capital para investir. E sem dúvida não é o caso da população trabalhadora, apenas a elite e a classe média bem pensante do país, responsáveis por esse regime golpista e fascista que desde 2016 vem retirando todos os benefícios sociais que os trabalhadores conquistaram com muita luta, suor e sangue ao longo de décadas.

Para parar de perder, a classe trabalhadora precisa se unir em conselhos populares nas empresas, bairros e escolas e criar uma pauta de reivindicações e ir à luta nas ruas contra esse estado opressor que faz tudo para a classe empresarial genocida, enquanto joga na rua, sem emprego, saúde, escolas, moradia os trabalhadores que produzem toda a riqueza que o país criou.

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