Da redação – Hoje (05) as companhias capitalistas enviaram à prefeitura de São Paulo suas propostas para a concessão das linhas de ônibus na cidade, válidas pelos próximos 20 anos.
São 32 lotes ao todo, que, seguindo a doutrina da propaganda capitalista “neoliberal”, deveriam ter forte concorrência, uma vez que o capitalismo, segundo essa farsa, é a livre-concorrência, que baratearia os custos para os consumidores finais.
Tudo isso não passa de mera ladainha. Dos 32 lotes, somente um tem concorrência (e apenas duas empresas, a Transunião e a Imperial). Os outros 31 são monopolizados, rigorosamente, sendo que a maior parte já atua no sistema de transporte público.
Esse é mais um exemplo da fraude que é o discurso de que o capitalismo é a livre-concorrência, a livre-iniciativa, o livre mercado. Na verdade, na época do imperialismo (nos últimos 100 anos), o capitalismo, em sua fase de degenerescência e colapso, é um sistema puramente monopolístico, no qual a livre concorrência deu lugar – naturalmente – à concentração da propriedade e do mercado nas mãos de um monopólio de capitalistas.
E os governos – como é o caso da prefeitura de São Paulo, nas mãos de Bruno Covas (PSDB) – nada mais são do que funcionários desses monopólios. O que é (ou deveria ser) público e gratuito, como é o transporte, é repassado à iniciativa privada com a desculpa de que, pela concorrência nas licitações, a empresa com a melhor proposta para a população ficaria com a concessão, geralmente barateando o preço da tarifa e melhorando a qualidade da infraestrutura.
Mentira. Não há concorrência, portanto a empresa que “vence” a licitação não precisa ter proposta alguma, e ganha a preço de banana a concessão para explorar o povo com tarifas exorbitantes (como é a do transporte em São Paulo, onde o próprio Bruno Covas aumentou o preço de R$ 4,00 para R$ 4,30, uma elevação de mais do dobro em relação à inflação acumulada em 2018).