A campanha contra o aborto promovida pela direita intensificou-se nesta semana, após o episódio do aborto da criança de 10 anos. Esse movimento pró-aborto agrupa os setores de direita que utiliza-se da campanha contra o aborto para atacar os direitos das mulheres e do conjunto da população.
Os setores da esquerda demostraram uma extrema confusão, pois invés de rebater a campanha da direita e apresentar de manheira concreta a pauta da defesa das mulheres, em especial da defesa do direito do aborto, passaram a maior parte do tempo procurando incriminar aqueles que falaram contra o aborto, em especial a militante bolsonarista Sara Winter.
A questão fundamental é a contraposição contra a campanha da direita e aproveitar para demostrar a importância do direito do aborto, do absurdo da campanha da direita, que nem mesmo no caso da criança estuprada, o direito ao aborto é garantido.
Um exemplo disso, foi o artigo assinada por Djamila Ribeira na Folha de São Paulo, descriminalizar aborto e desafiar privilégios concedidos aos homens, em a preocupação central é justamente o estabelecimento da censura nas redes sociais, e não uma ampla campanha pelo direito ao aborto. o que pese a defesa pela autora do direito ao aborto na sua coluna, o centro do artigo a constituição de mecanismos de punição de quem expôs os dados pessoais da menina estuprada e de seus familiares.
A situação política evidencia que a direita utiliza cada acontecimento para aprofundar a ofensiva contra os trabalhadores, a campanha contra o aborto é a exploração demagógica para reprimir ainda mais as mulheres, um dos setores sociais mais explorados. Tradicionalmente, os ataques contra as mulheres é uma estratégia permanente das classes dominantes não para impor o machismo em abstrato, mas para estabelecer a submissão e a opressão constante das mulheres, e do conjunto dos explorados.
Para combater a ofensiva da direita é preciso uma ampla campanha pelo direito ao aborto.