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Vermelho é a cor da esquerda

Esquerda que usa verde e amarelo abre as portas para o fascismo

Quem precisa se esconder atrás do verde e amarelo é a burguesia

Quando os coxinhas saíram nas ruas, impulsionados pela rede Globo e todo o monopólio da impressa golpista, financiados por um poderoso aparato empresarial, vestindo a camisa da Seleção Brasileira (da qual eles não gostam) e empunhando a bandeira do Brasil e dizendo que sua “bandeira jamais será vermelha”, “meu partido é meu País” e coisas do tipo, o verde e amarelo ficou identificado com a direita.

Com o desenvolvimento da situação política, os bolsonaristas, que são os herdeiros legítimos daquelas manifestações coxinhas, adotaram o verde e amarelo. A direita tradicional, que foi a principal articuladora do golpe, sem base social, acabou perdendo espaço para os fascistas nas ruas.

Logicamente que a utilização das cores nacionais não é uma especificidade da direita brasileira. Menos ainda, não é um golpe recente. Os fascistas e a burguesia em geral sempre se esconderam atrás das cores nacionais para dissimular sua política anti-povo. Na realidade, os que usam a bandeira nacional são os maiores inimigos da Nação.

A esquerda, por sua vez, nunca teve medo de mostrar abertamente sua política justamente porque o programa dos partidos e organizações da esquerda é a defesa dos interesses da maioria da população. Por isso, a esquerda nunca escondeu suas bandeiras, suas cores e suas palavras de ordem.

O vermelho é a cor da esquerda. É a cor daqueles que defendem verdadeiramente o povo, os interesses dos trabalhadores e de todos os explorados. A esquerda não precisa, como faz a direita, dissimular suas posições políticas.

Por isso, é absurda a posição de alguns setores da esquerda pequeno-burguesa que estão cedendo às imposições da direita e forçando o uso do verde e amarelo nas mobilizações que estão tomando conta das ruas do País contra Bolsonaro e contra os golpistas.

Verde e amarelo é anti-democrático

Abrindo as redes sociais nessa terça-feira (22), muitos companheiros se surpreenderam com uma decisão bastante inesperada. Uma tal de “frente fora Bolsonaro” marcara um suposto ato para o dia 24 de julho. À parte a absurda tentativa de impor um ato para mais de um mês depois do dia 19 de junho, chamou a atenção o uso do verde como cor oficial do chamado da tal frente.

Essa convocação verde não por coincidência vem no mesmo dia em que a colunista do Estado de S. Paulo e da Globonews, Eliane Cantanhêde, publicou coluna com o título: “Bandeira nacional não é exclusiva dos atos golpistas, nem a do PT é a única nos atos de oposição”. Outro direitista, Ricardo Rangel, publicou matéria na revista Veja com um pedido bastante “cara de pau” aos manifestantes: “Deixe a bandeira vermelha em casa”.

A direita quer que a esquerda abandone suas bandeiras para poder controlar o movimento que não foi convocado por ela, que não é apoiado por ela e que é contra ela. Os manifestantes que estão nas ruas são de esquerda, são as bases das organizações populares e os partidos da esquerda.

As manifestações são contra Bolsonaro e contra toda a política que os golpistas levam adiante. A mobilização pede a saída de Bolsonaro, que esses direitistas da imprensa golpista que agora querem o verde e amarelo ajudaram a eleger e sustentam no poder. A mobilização defende bandeiras populares, o auxílio emergencial de verdade, a vacinação em massa, o fim das privatizações. Nada disso é apoiado pelos que querem o verde e amarelo, pelo contrário, a imprensa golpista – Veja, Estadão, Globo, Folha – são a favor da mesma política de Bolsonaro no que diz respeito a esses problemas fundamentais.

Portanto, as manifestações são de esquerda e são vermelhas. A tentativa de impor o verde e amarelo é anti-democrático.

A esquerda que está cedendo a essa pressão e procura impor o verde e amarelo está sendo anti-democrática. Essa não é a vontade de quase a unanimidade das pessoas que estão na rua, por que então essas organizações insistem em seguir a direita?

O PCdoB, principalmente por meio da UNE e da UBES, e alguns setores do PSOL estão insistindo em dar outra tonalidade de cores aos atos. Eles estão servindo como correias de transmissão da direita nas manifestações.

Não por acaso, são exatamente esses dois partidos os principais defensores da frente ampla, que é justamente a política que coloca a esquerda e o povo a reboque da direita golpista.

Eles estão abrindo as portas para que a direita se aproprie de uma mobilização que não é deles. A esquerda precisa se unir em torno de suas bandeiras, suas reivindicações e derrubar Bolsonaro e os golpistas.

A esquerda não tem que o que esconder, não precisa disfarçar suas cores. O vermelho é a cor da luta do povo e as organizações não devem abandonar suas bandeiras. Não deve permitir que se repita 2013, quando a direita fez a mesma manobra e a esquerda ficou confusa.

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