No último sábado dia (07), realizou-se em Viena, Áustria, um ato e marcha em protesto ao golpe ocorrido na Bolívia. O ato decidido num foro que reuniu diversas organizações de comunidades austro-latinas, lideradas especialmente por uma organização chamada Frente Anti-Imperialista, o que já indica o rumo das palavras de ordem da mobilização.
Ao chegar no largo da praça de São Estevam, bem no centro de Viena, repleto de turistas, se via as bandeiras wiphalas e muitas bandeiras vermelhas e da Bolívia, erguidas e balançando-se ao vento frio e contrastando com um céu levemente nublado.
Representantes de diversas organizações fizeram o uso da palavra. Suas vozes entoaram a sua indignação e cansaço perante o massacre que os seus povos e todos povos oprimidos vêm sofrendo do Imperialismo, tanto nos países governados pela direita (a mando do imperialismo) quando pela esquerda (desestabilizados pelo imperialismo).
“Fora EUA da América Latina”; “Abaixo o golpe na Bolívia”; “Basta de massacre do povo boliviano”; “Bolívia de pie, nunca de rodillas”; “Tirem as mãos de Cuba, da Venezuela e da Bolívia”, e da América Latina, da África, do Oriente Médio, e de todos os continentes… Essas eram as palavras de ordem mais comuns.
Muitas vozes entoaram sua denúncia sobre os meios de comunicação burgueses, coniventes, partícipes, omissos e desinformadores, que procuram deturpar a verdadeira situação de repressão sofrida nesses levantes.
Os diversos discursos expressavam nítidos “bastas” da intromissão e repressões imperialistas sobre as populações sofridas, carentes e apartadas na Bolívia como em qualquer lugar.
Evidenciou-se a consciência de que os golpes têm sido instrumentos dos imperialistas para fazer prevalecer os seus interesses em controlar e abocanhar os recursos dos países periféricos. Sob a liderança dos EUA, mas com apoio e conivência de governos como a UE (União Europeia).
Nas falas, também se ouvia o descrédito com relação às velhas desculpas da necessidade das intervenções militares ocorridas em países como o Iraque, Afeganistão, Irã, Venezuela, etc. – essas, já não colam mais.
Finalmente, marchou-se para a sede da União Europeia em Viena e lá, novas falas, deixaram bem claro, que a luta deve ser contra todo o sistema e que o papel da União Europeia nesses golpes não é de longe, de inocência, mas de imposição e predominância dos interesses capitalistas.
Por fim, o ato foi encerrado com a declaração de que, apesar das diferentes opiniões e interesses que possam existir, o papel das diversas organizações é defender os interesses da maioria contra os do imperialistas.