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Política espúria

Esquerda prostitui o 1º de Maio ao chamar FHC, Doria e Maia

O dia internacional de luta dos trabalhadores é um ato classista contra os capitalistas e seus representantes e não junto a eles

As chamadas “centrais sindicais” e a atual direção da Central Única dos Trabalhadores (CUT) organizam uma atividade virtual, uma Live, para o 1º de maio, dia internacional de luta dos trabalhadores. Sob o mote: “1º de Maio pela Vida – Democracia, Emprego e Vacina para Todos”, o evento virtual contará, além dos setores da esquerda, participarão da Live alguns dos piores carrascos dos trabalhadores, representantes dos capitalistas nacionais e internacionais, genocidas e bandoleiros políticos. Uma afirmação do compromisso político de setores da esquerda com a política de frente com a burguesia.

Falarão na atividade virtual, lideranças políticas legitimas da esquerda como os ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, ambos do PT, e também setores centristas como Flávio Dino (PCdoB), Guilherme Boulos (PSOL). O destaque, contudo, se dá para a direita que foi convidada para a atividade, também dirigirão a palavra aos trabalhadores, figuras como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), um dos piores carrascos do povo brasileiro, o deputado Rodrigo Maia (DEM), o general da reforma dsa previdência, o genocida e governador de São Paulo, João Doria (PSDB), o “BolsoDoria”, o atual presidente da Câmara dos Deputados, o bolsonarista Arthur Lira (PP), Ciro Gomes, representante dos capitalistas nacionais. Não seria nada estranho, pelo nível dos convidados da direita, se convidassem o próprio Bolsonaro, ou mesmo monstros vindos do inferno, se existissem, para fazer sua saudação aos trabalhadores. Um verdadeiro circo dos horrores.

A política de frente ampla é um dos freios da esquerda e uma das causas de sua completa paralisia. A situação nacional beira ao colapso; estamos chegando próximo de 400 mil mortes por Covid-19 e mais de 14 milhões de infectados e os números aumentam sistematicamente. Da parte dos governos, Federal, mas também Estaduais, não há nenhuma política séria, podemos dizer inclusive que não existe política nenhuma de combate ao vírus.

Sob o comando de João Doria, o Estado de São Paulo, mais rico do país, por exemplo, está próximo de 100 mil mortos. O sistema de saúde entrou em colapso em todo o país, centenas de pessoas morreram sufocadas nas filas das UTIs, inclusive em São Paulo, ou à espera de oxigênio em falta. Desde o início da pandemia nada foi feito de efetivo, nem mesmo conferir os estoques de insumos e medicamentos, também na São Paulo de Doria, pacientes intubados acordaram durante o procedimento por falta do kit de medicamentos, um crime hediondo da gestão Doria e de toda a direita.

O lockdwon sempre foi uma farsa, os ônibus continuaram e continuam lotados e as fábricas e telemarketing, locais de grande concentração de pessoas continuaram funcionando, o governo inclusive abriu as escolas e matou mais de 100 professores, alunos e funcionários

A situação econômica nacional não é menos grave, o desemprego e o subemprego atingem a maior parte da classe trabalhadora brasileira, a fome, como nos tempos de FHC, tornou-se uma realidade inexorável para 20 milhões de pessoas, enquanto metade da população brasileira, 116 milhões de pessoas enfrentaram algum tipo de insegurança alimentar durante a pandemia, ou seja, tiveram dificuldades para se alimentar.

A esquerda, no entanto, vive num mundo paralelo, no qual o mantra: “fique em casa”, somando agora ao: doe um quilo de alimento para os miseráveis, resolvem todos os problemas do país e dos trabalhadores. Nos momentos de crise profunda, de polarização, a dependência de um setor da pequena-burguesia, inclusive os que dirigem as organizações da esquerda, tornam-se mais evidentes, os laços que a une à burguesia se tornam mais fortes.
A posição dessa esquerda tem sido claramente se recolher, confiar e apoiar a direita dita civilizada e científica contra o bolsonarismo, o monstro terrível, sem perceber que seus novos aliados são tão ou mais monstruosos que o próprio Bolsonaro, como FHC que comparado a Bolsonaro, pela venda das riquezas nacionais, pela política neoliberal, pela fome que causou, pelo desemprego, pela tragédia, torna Bolsonaro um mero aprendiz. Na ficção de esquerda, produto do medo e do desespero, todo Mal vem unicamente de Bolsonaro, enquanto os outros, no fundo, são do Bem.

Seguindo os preceitos “científicos” da burguesia do Bem, se recusam, não apenas a apresentar um caminho luta  para as massas trabalhadoras e lidera-las, como se recusam a protestar contra os governos genocidas, sócios de Bolsonaro na matança do povo, como Doria e todos os outros direitistas convidados 1º de maio, um ultraje à memória de todos aqueles que tombaram lutando contra essa mesma direita, contra os capitalistas em todo o mundo, vítimas da repressão estatal.

Esses senhores da esquerda que organizam esse circo horrendo, prostituem o 1º de maio, dia internacional de luta dos trabalhadores contra os patrões, contra os governos, contra a opressão e a exploração. O fazem para, uma vez mais, com esses setores inimigos mortais dos trabalhadores e que são no final das contas aliados de Bolsonaro. Viraram as costas para os trabalhadores, os trabalhadores também lhes viraram as costas. Nada de unidade com golpistas e inimigos do povo trabalhador, boicotar essa atividade nefanda.

O Partido da Causa Operária e os Comitês de Luta honram a memória dos mártires de Chicago e de todos aqueles que heroicamente tombaram lutando pela classe trabalhadora e pelo socialismo. Neste 1º de maio, um ato classista, em defesa dos interesses do povo trabalhador, por vacina, pela quebra das patentes e produção em massa imediata, auxílio para todos os necessitados com valor condizente às necessidades do trabalhador, que não pode ser em hipótese nenhuma menor que o salário mínimo, por fora Bolsonaro, Lula candidato, Lula presidente.

Neste 1º de maio, todos à Avenida Paulista, em São Paulo, capital, as 14 horas, em defesa da memória e dos interesses dos trabalhadores.

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