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Esquerda propõe novo impeachment para a direita sentar em cima

Ao invés de mobilziar os trablhadores a esquerda oferece mais um impeachment para Maia sentar em cima

A esquerda se reuniu para entregar mais um pedido de impeachment contra Bolsonaro ao “excelentíssimo” presidente da Câmara Rodrigo Maia, que está sentado em cima de 56 pedidos.

Desta vez estão certos de que a burguesia quer Bolsonaro fora, o pretexto seria o caos no estado do Amazonas. Essa seria a gota d’água para que a mesma burguesia que elegeu Bolsonaro demitisse o fascista de suas funções e voltasse a reinar a democracia brasileira.

Todas as outras 56 razões nas quais senta o presidente da Câmara não seriam suficientes, nem as mais de 200 mil mortes.

A situação no Amazonas é de fato caótica, trata-se de uma política genocida. O governo voltou a taxar a importação de oxigênio, e os governantes da direita deixaram faltar oxigênio, um insumo de primeira importância em qualquer hospital. Porém, seria estranho acreditar que somente agora a burguesia estaria pronta para tirar Bolsonaro. Devemos lembrar que o Amazonas já havia entrado em estado de calamidade sanitária no ano passado. Corpos se empilhavam nas ruas e o desespero era completo.

Assinaram o pedido de impeachment:

Carlos Siqueira (Presidente do PSB)

Gleisi Hoffman (Presidente do PT)

Luciana Santos (Presidente do PCdoB)

Carlos Lupi (Presidente do PDT)

José Guimarães (Líder da minoria na Câmara)

Joenia Wapichana (Líder da Rede)

Alessandro Molon (Líder do PSB)

Enio Verri (Líder do PT)

Perpétua Almeida (Líder do PCdoB)

Wolney Queiroz (Líder do PDT)

Carlos Zarattini (Líder da minoria no Congresso)

A carta começa dizendo:

“Considerando a prática de crimes de responsabilidade em série, que resultaram na dor asfixiante do Amazonas e de milhares de famílias brasileiras, nossos partidos – Rede, PSB, PT, PCdoB e PDT – decidiram apresentar novo pedido de impeachment do presidente Jair Bolsonaro. O presidente da República deve ser política e criminalmente responsabilizado por deixar sem oxigênio o Amazonas, por sabotar pesquisas e campanhas de vacinação, por desincentivar o uso de máscaras e incentivar o uso de medicamentos ineficazes, por difundir desinformação, além de violar o pacto constitucional entre União, Estados e Municípios”

e termina com:

“O Brasil está morrendo sufocado por este presidente. Basta! Já passou da hora de o Congresso Nacional, representando a nação, reagir. Defendemos, também, que o Congresso volte a funcionar imediatamente, para aprovar medidas que possam colaborar decisivamente para sanar os graves problemas que vitimam a população do Amazonas e de todo o Brasil”

A esquerda mostra que não aprendeu. O mesmo Congresso que, da maneira mais escatológica possível, cassou o mandato da presidenta Dilma Rousseff, aprova todos os ataques de Paulo Guedes à população, agora irá representar o povo e, como que por uma inspiração democrática divina, irá votar em favor do povo.

Maia diz que discutir o impeachment será inevitável, mas ao que tudo indica não passa de uma mera ameaça a Bolsonaro. A decisão no STF vai no mesmo sentido, o órgão antidemocrático chegou 48h para o executivo apresentar um plano de emergência para o Amazonas.

Essas ameaças não passam de meios para pressionar o governo e tentar colocá-lo na linha como vêm fazendo desde o início do mandato. Bolsonaro só sairá do governo se a burguesia estiver segura de quem colocar no lugar e estiver em total controle da situação. Ou, por iniciativa verdadeiramente popular, com as organizações dos explorados nas ruas. Das instituições burguesas não podemos esperar nada. Isso deveria ter ficado claro com o impeachment da ex-presidenta Dilma e da prisão ditatorial de Lula. Nesse sentido, a aliança da esquerda com Baleia Rossi na Câmara para supostamente fazer frente contra Bolsonaro é um absurdo, e pior ainda é a aliança com Bolsonaro no Senado.

Não serão suficientes as acusações de que Bolsonaro é um genocida e jogar para ele o ônus da culpa. Com Bolsonaro está todo o centrão que para impedir a esquerda de voltar ao poder elegeu Bolsonaro e agora o mantém até encontrar a melhor alternativa. O pedido nesse sentido não tem nenhum valor a mais do que os 56 outros sobre os quais está sentado Rodrigo Maia.

A manobra da direita é emplacar um Biden brasileiro. No momento, o nome mais cotado é João Doria, cuja vacina está servindo de propaganda para 2022 contra Bolsonaro, ou Luciano Huck, que já organizou um panelaço contra o presidente ilegítimo. Essa pressão da direita não é nada além de um ataque na guerra preparatória para as eleições de 2022.

Não há alternativa para a população a não ser sair às ruas e lutar contra Bolsonaro. No momento, os trabalhadores devem ser alertados sobre a manobra da frente ampla e mobilizados para impedi-la, assim como garantir a candidatura de Lula em 2022. A campanha pelos direitos e pela candidatura de Lula deve ser usada como uma poderosa arma de união da classe trabalhadora, capaz de colocar o movimento operário em ação e reverter o processo golpista. Panelaços e pedidos de impeachment com a burguesia provocam o efeito contrário: confundem os aliados com os inimigos e juntam a esquerda ao golpistas, de modo que, quando tiver que enfrentar mais energicamente o centrão a esquerda parlamentar não conseguirá desvincular sua imagem à de Maia, Doria e Baleia Rossi.

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