Na quarta-feira (16) à noite foi exibido no centro cultural arte pajuçara o filme de Maria Augusta Ramos, “O Processo”, que mostra os bastidores políticos do processo que levou ao Impeachment da Presidente Dilma. O filme serve de denúncia à toda essa corja golpista que tirou uma presidente eleita sem nenhum fundamento constitucional, além de demonstrar os debates políticos da cúpula de esquerda, no momento.
O evento contou com a exibição de outras atrações culturais. Antes do início do filme, o grupo de teatro Uzinformais performou a peça, que denunciava a ofensiva das classes dominantes, “Se os Tubarões fossem homens”. Entretanto, após o filme, foi organizado um debate, que no mínimo pode ser taxado de inconveniente, para não falar que foi chato, oportunista e fora da realidade.
O debate iniciou com a fala de uma socióloga que, ignorando a força política do imperialismo, disse que o golpe foi dado pois Dilma era mulher, e que se fosse um homem não haveria tido golpe. E ficou com um discurso acadêmico sobre patriarcado e outros tipos de balela universitária.
Logo em seguida, um historiador Geraldo Majella aproveitou o espaço que lhe foi dado para fazer campanha contra Lula e o PT, e propor uma aliança com os setores de “centro”. Os setores de “centro” por ele citado eram justamente os golpistas que supostamente estariam alinhados com interesse de desenvolvimento nacional, ao que no final ele revelou o interesse e fez campanha para o Ciro Gomes, que levou a um desentendimento com a sala.
Não bastasse uma professora fora da realidade e um historiador oportunista, os organizadores do debate ainda chamar um jornalista coxinha, que já iniciou a fala dizendo que era cético e “apartidário”, isto é, um verdadeiro pensador pequeno-burguês. Aproveitou o filme que demonstrava a farsa contra Dilma Rousseff para chamá-la de incompetente.