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Lutar pela vida

Esquerda na pandemia tem que ser como os médicos na guerra

Se não a esquerda quem deve combater a pandemia? Dória? Bolsonaro? Biden? Ou a própria burguesia?

Sempre, para sobreviver e para alcançar seus objetivos, a esquerda e as classes oprimidas lutaram arduamente contra os exploradores. Agora, enquanto os trabalhadores morrem, a esquerda adota conscientemente uma política de não fazer nada. Assim como um médico precisa estar disponível para salvar vidas durante uma guerra ou uma pandemia, os militantes que assumiram a responsabilidade de lutar pelo povo precisam lutar.

A classe trabalhadora não parou de trabalhar. Todos os dias, aumenta o número de milhões de mortos e contaminados nos transportes públicos e nos locais de trabalho pelo mundo. No Brasil, outros milhões estão morrendo pela da fome e a miséria promovidas por Bolsonaro e pelos golpistas.

Por outro lado, aqueles que clamam lutar em defesa dos trabalhadores e dos oprimidos não lutam, ou melhor, lutam apenas da boca para fora. Mesmo em meio a uma pandemia como a que vivemos, a esquerda precisa sair e tomar as ruas para organizar os explorados, mesmo que isso signifique se arriscar. Ora, um médico para ser médico precisa honrar o seu código de ética, precisa estar disponível para salvar vidas mesmo diante de uma guerra – ou diante de um vírus como hoje. Os jornalistas idem. Eles também precisam cobrir guerras, epidemias, etc. 

São ossos do ofício. Um militante político, um militante sindical ou um militante de esquerda que assumiu para si a responsabilidade de lutar pela classe trabalhadora também tem suas responsabilidades. Ele tem a obrigação de se arriscar, de atuar politicamente. Essas, devem ser pessoas abnegadas, dedicadas ao bem coletivo e à luta contra a opressão. 

Assim como a obrigação do médico. Se eles simplesmente deixarem a pandemia passar, ficando de braços cruzados em casa, não seriam culpabilizados pelas, digamos, 2 milhões de mortes?

A hora de agir é agora. É função da esquerda e de todos aqueles que a compõem chamar e dirigir o povo nas ruas. É por isso que o PCO realiza atividades todas as semanas junto com a classe trabalhadora, como também denuncia a ação mesquinha da esquerda pequeno-burguesa.

A esquerda, com seus partidos e organizações, decidiu arbitrariamente abandonar o povo. Agora, mesmo com mais de um ano de pandemia, mortes e de destruição do País, essa esquerda continua escondida debaixo da cama e, assim, deixa os planos de Bolsonaro e dos golpistas fáceis como faca quente na manteiga.

Para fazer lobby no Congresso e utilizar alguns muros de lamentação como o zoom, a esquerda se esconde atrás de argumentos absurdamente reacionários e direitistas. Um deles é a própria campanha fracassada do “fica em casa” ao mesmo tempo em que os oprimidos são jogados nas ruas. Mas é claro, diante de uma tremenda crise social o melhor é se preocupar com sua própria vida…

Trata-se de uma conduta antissocial, individualista, responsável por abrir as portas para a matança. São milhares de trabalhadores morrendo todos os dias e alguém exclamando com convicção: não vamos fazer nada! É inacreditável, mas é a realidade. Muitos sindicalistas, por exemplo, responsáveis por dirigir a luta dos trabalhadores, preferem ficar em casa por motivos ridículos, pessoais e pequeno-burgueses.

Outro argumento dos farsantes é a falta de dinheiro dos sindicatos e das organizações. Logicamente, com dinheiro é possível fazer muitas coisas, mas a falta de dinheiro não justifica uma inação completa. O PCO, um partido sem financiamento burguês, acabou de organizar um ato com mais de 2000 pessoas, levando caravanas de todo o País para São Paulo. Isso não só mostrou a necessidade e a possibilidade de mobilizar o povo, como também esclareceu que os sindicatos adotaram conscientemente a política de não fazer nada durante a pandemia.

Pois bem, os sindicalistas não são trabalhadores? Eles têm a obrigação de mobilizar a base. Nos Correios, a título de exemplo, já são muitos casos de mortes e contaminações, além de ataques fervorosos aos direitos dos trabalhadores e uma ameaça iminente de privatização e destruição do patrimônio dos trabalhadores. Nessa situação, o sindicalista dos Correios pode ficar em casa? Se sim, então podemos também suspender todo o trabalho médico no País…

É preciso ficar claro: fazer movimentação parlamentar e ficar bem enquanto o povo sofre, é coisa de político burguês e não da esquerda. A situação está prestes a explodir, não só no Brasil mas em toda a América Latina. Vejamos o exemplo da Bolívia, da Índia, ou de outros países. A esquerda simplesmente não tem o direito de ficar paralisada. É o momento de mobilizar o povo, e não de trair a classe trabalhadora. 

Os golpistas, maravilhados com a paralisia total da esquerda, pretendem prolongar a crise e massacrar o povo. No final das contas, a burguesia não tem coração. Fora o medo da mobilização e da falência, ela não tem medo de mais nada. Biden, por exemplo, só não faz pior para tentar conter os trabalhadores norte-americanos que queimaram várias cidades dos EUA em 2020.

Mobilizar o povo não é “agravar a pandemia”. É, na verdade, a única forma de combater a crise e a direita. No momento, é necessário, mais do nunca, uma alternativa revolucionária e combativa. É preciso lutar nas ruas, com grandes greves, ocupações e manifestações. 

Aqueles pelegos que hoje abdicam de suas responsabilidades e se recusam a fazer isso ficarão marcados no futuro como traidores da classe trabalhadora e dos oprimidos. Dado o exemplo do 1° de Maio, se a esquerda não sair às ruas, o povo vai força-lá a sair.

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