No último dia 18 (terça-feira), o Plenário do Senado Federal rejeitou, por 47 votos a 28, o decreto do presidente ilegítimo Jair Bolsonaro que pretendia liberar, muito parcialmente, a posse e facilitar o porte de armas no Brasil.
A votação refletiu a profunda crise e divisão do regime golpista e – destacadamente – os atritos do “centrão” com a ala bolsonarista. Os senadores aprovaram Projeto de Decreto Legislativo que anula texto do presidente, que agora vai para a Câmara dos Deputados, onde terá que passar por Comissão e no Plenário. Até que o novo texto seja aprovado pelos deputados, o decreto presidencial continua valendo.
Na votação, se expressou a política da direita do PT, do PSOL etc. de se juntar a outros setores da direita e esquerda burguesa para fazer apelos em favor da “paz”, inclusive, dirigindo-os ao próprio Bolsonaro, o presidente fascista que quer massacrar os trabalhadores. “Senhor presidente da República, pelo amor daquilo que Vossa Excelência tenha como mais sagrado, trate da recuperação econômica do País, trate da volta do emprego, trate da prosperidade da nossa gente. A bala só vai cair na mão de bandidos e milicianos para matar pobres e gente do bem”, apelou da tribuna o senador Jaques Wagner (PT-BA), ao defender a derrubada do decreto das armas.