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Esquerda faz frente com golpistas no Senado e veta decreto de armas de Bolsonaro

No último dia 18 (terça-feira), o Plenário do Senado Federal rejeitou, por 47 votos a 28, o decreto do presidente ilegítimo Jair Bolsonaro que pretendia liberar, muito parcialmente, a posse e facilitar o porte de armas no Brasil.

A votação refletiu a profunda crise e divisão do regime golpista e – destacadamente – os atritos do “centrão” com a ala bolsonarista. Os senadores aprovaram Projeto de Decreto Legislativo que anula texto do presidente, que agora vai para a Câmara dos Deputados, onde terá que passar por Comissão e no Plenário. Até que o novo texto seja aprovado pelos deputados, o decreto presidencial continua valendo.

O decreto aprovado representa uma manobra dos parlamentares para anularem, na prática, o decreto de Bolsonaro que permite o porte de armas para uma pequena uma parcela da população, do qual a burguesia discorda veementemente uma vez que a população armada (mesmo que seja somente uma pequena parte) é um perigo para os capitalistas.
O decreto de Bolsonaro foi estabelecido por conta de pressões de sua base fascista pequeno-burguesa, obviamente que não tem nenhum intuito de armar os trabalhadores. Pelo contrário, quer criar melhores condições para os direitistas reprimirem os explorados. Com tal medida, no entanto, acabam abrindo uma brecha – ainda que mínima para mais trabalhadores possam estar armados, como é o caso de milhares de camponeses pobres que conquistaram pequenas posses de terra em acampamentos da reforma agrária, e que são membros do MST, e de outras categorias (caminhoneiros, jornalistas, professores etc.) que poderiam ter acesso às armas.
Um partido democrático que defendesse realmente os direitos democráticos da população, incluindo o da igualdade de condições para os trabalhadores e suas organizações diante do aparato repressivo estatal e paraestatal da burguesia deveria defender a ampliação dessa medida, a garantia desse direito para todos os trabalhadores.
Nem falar dos partidos de esquerda que se dizem “socialistas”, “comunistas”, revolucionários etc. que deveriam defender o direito elementar dos trabalhadores se armarem, se defenderem e lutarem – pelos meios necessários – para derrotar o regime de dominação da burguesia, sem o que nenhuma transformação real da sociedade em favor dos trabalhadores ocorrerá.
O decreto de Bolsonaro já era ruim, restringindo o direito de posse e porte de armas para poucos. Mas nem isso a esquerda quer. Se juntam com a burguesia, com o “centrão” para impedir esse armamento restrito.

Na votação, se expressou a política da direita do PT, do PSOL etc. de se juntar a outros setores da direita e esquerda burguesa para fazer apelos em favor da “paz”, inclusive, dirigindo-os ao próprio Bolsonaro, o presidente fascista que quer massacrar os trabalhadores.  “Senhor presidente da República, pelo amor daquilo que Vossa Excelência tenha como mais sagrado, trate da recuperação econômica do País, trate da volta do emprego, trate da prosperidade da nossa gente. A bala só vai cair na mão de bandidos e milicianos para matar pobres e gente do bem”, apelou da tribuna o senador Jaques Wagner (PT-BA), ao defender a derrubada do decreto das armas.

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