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A crença nas instituições

Esquerda acredita que o massacre em Paraisópolis foi uma fatalidade

A única política correta diante de um massacre como o de Paraisópolis é a extinção da polícia e a derrubada dos golpistas

O massacre produzido pela Polícia Militar de São Paulo na madrugada do último domingo, que resultou na morte de nove jovens num baile funk em Paraisópolis, foi alvo de declarações por parte de setores da esquerda.

O PT e o Psol e políticos ligados a esses partidos apresentaram posição sobre o caso e, ao fazerem isso, acabaram revelando uma ideologia de completa adaptação à direita golpista.

Vejamos primeiro a nota do PT divulgada pelos deputados estaduais de São Paulo. Ali é exigida “explicações, punições duras e exemplares aos envolvidos na ação truculenta que resultou na morte dos nossos jovens”. Fica claro que há uma ideologia ultra direitista impregnada nesta esquerda. Ignora que explicações a PM já tem bastante e como fascistas a explicação é simples: “fizemos porque tínhamos que fazer”, afijnal, esse é o modus operandi da polícia.

No mesmo sentido, a deputada federal do Psol, Sâmia Bonfim, pede “explicações” para o governo: “nosso mandato vai acionar o Ministério Público e cobrar explicações à PM.” Sâmia quer ainda mais: que o Ministério Pública, este que os brasileiros aprenderam que é dominado por procuradores fascistas, faça alguma coisa. Uma extrema adaptação da mentalidade direitista diante de um caso tão grave como o que aconteceu em Paraisópolis

Acreditar também que haverá punições aos envolvidos é absurdo. A ação feita em Paraisópolis não é um acaso, mas é parte da política orquestrada pelo governo do PSDB, e também o governo golpista de Bolsonaro, de genocídio nas periferias. É a política de terror contra o povo.

A nota do PT mostra a confusão ao atribuir a chacina ao “preconceito”, em determinado trecho se que o ocorrido em Paraisópolis é uma “clara atuação preconceituosa e de marginalização da juventude negra periférica.” Se existe esse “preconceito” ele é produto da política de terror contra a população pobre, negra e trabalhadora. O preconceito contra a diversão dos jovens na periferia é apenas uma cobertura para essa política e essa política que precisa ser denunciada.

Por fim, vale uma nota sobre o comentário do psolista Guilherme Boulos nas redes sociais: “quem deveria proteger leva o terror há algo muito errado.” O ex-candidato do Psol acredita que a Polícia Militar deveria existir para proteger o povo. Disso, devemos concluir então que o massacre foi uma espécie de fatalidade, algo que, embora aconteça com frequência, não deveria acontecer.Quem sabe a polícia não comelça a cumprir o seu papel de “proteger o cidadão” se os policiais envolvidos fossem trocados por outros mais honestos e humanos.

A colocação de Guilherme Boulos é um verdadeiro escárnio contra qualquer política que se pretende minimamente de esquerda e progressista. Ao invés de denunciar e defender o fim da polícia, Boulos crê que tudo não passa de um deslize e que se de repente reformássemos a corporação talvez isso não acontecesse mais.

Não denunciar o ocorrido como resultado direto da política da direita golpista de terror contra o povo é comtemporizar com o massacre e jogar areia nos olhos da população cuja única saída é se revoltar e colocar para correr essa direita. Nesse sentido, não defender abertamente a extinção da PM também demonstra a completa capitulação diante da direita assassina do povo.

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