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Esquerda a reboque do imperialismo: Grupo de Montevidéu serve de apoio a golpe na Venezuela

Esse Diário vem denunciando sistematicamente que a Venezuela, que elegeu democraticamente o seu presidente, está sofrendo um verdadeiro genocídio por conta do duro embargo econômico, iniciado há quatro anos, ainda nos tempos do “democrata” Barack Obama, e que impede o país de utilizar o dólar como moeda internacional, inviabilizando a compra de comida, remédios, gêneros de primeira necessidade para o povo venezuelano, o que leva a crises de abastecimento.

Só de 2017 para cá foram ao menos 23 operações financeiras devolvidas pelo mercado internacional.

Além disto, por conta destes embargos, a Venezuela foi literalmente roubada em ao menos 1,6 bilhões de euros, pela empresa de serviços financeiros Euroclear, a mando do Departamento do Tesouro. Tudo dinheiro destinado a alimentos e medicamentos.

Entretanto, até mesmo países governados por presidentes assim chamados “de esquerda”, como Uruguai, México e Bolívia, ao que parece, estão simplesmente ignorando estes fatos e passam à covarde política de dar as mãos aos criminosos países imperialistas.

No último dia 7 em Montevidéu, estes países formaram o “Grupo Internacional de Contato”, juntamente com Costa Rica, Equador e os europeus Portugal, Espanha, Itália, França, Alemanha, Reino Unido, Holanda e Suécia, dizendo que buscam uma “solução pacífica, política, democrática e venezuelana” para a crise.

Sob esta afirmação, assim tão ponderada e aparentemente equilibrada, o grupo nada mais fez do que aumentar a pressão sobre o governo legítimo da Venezuela para que ele renuncie ao mandato outorgado democraticamente por seu povo e chame imediatamente novas eleições, “credíveis”, conforme disseram os membros do grupo.

O grau de cinismo deste grupo imperialista, disfarçado de “bons garotos”, não tem limites ao oferecer uma ajuda “humanitária” de 60 milhões de euros. Nada perto dos 1,6 bilhões pilhados pela Euroclear.

E esses “amigos” da Venezuela ainda querem impor um escritório que opera dentro daquele país, para mais facilmente propiciar sua conspiração golpista.

Exalando pacifismo barato, dizem que apenas querem construir “contatos”: “por isso nos chamamos grupo de contato”, que, entretanto, visa a proporcionar “garantias para um processo eleitoral justo”.

Obviamente não respondem a mais banal das questões, ou seja o que poderia ser mais justo do que o processo eleitoral que reelegeu Maduro, com mais de 67% dos votos?

Claro está que, para o imperialismo, “justo” significa a eleição de um golpista qualquer pronto a entregar quase gratuitamente todo o petróleo e demais riquezas do povo venezuelano ao mercado internacional, assim como Bolsonaro – e Temer antes dele – está fazendo no Brasil.

Ou seja, o que quer este grupo de contato, é que venha logo uma eleição golpista que coloque no poder, também na Venezuela, alguém de acordo com a política rapineira do imperialismo. Exatamente como já ocorreu na Argentina, Brasil e Paraguai.

O imperialismo internacional é mestre em políticas ardilosas desta estirpe, totalmente baseadas na mais pura encenação, e que normalmente são usadas para abrir caminho para futuras ações abertamente violentas, da mais baixa e grosseira rapinagem internacional, sob o manto do “tentamos todas as soluções pacíficas”.

Mas o que chama a atenção é facilidade com que a esquerda latino-americana embarca nestas maracutaias, que atenta contra os seus próprios interesses, e ainda acaba cedendo algum ar de legitimidade para a pilantragem imperialista.

Veja o que diz uruguaio Nin Novoa: “Queremos ser equilibrados e lembramos os venezuelanos que recusar o diálogo significa bloquear a situação”.

Evidente que Novoa sabe que a única coisa que está bloqueando a situação é justamente o bloqueio ao comércio internacional da Venezuela.

Deste modo, ação equilibrada existe uma única: desbloquear sim, mas não o diálogo com a bandidagem internacional, desbloquear as operações internacionais da Venezuela, para que o governo democraticamente eleito possa voltar a comprar remédios, comida, roupas e tudo o mais que o seu povo precisa, utilizando-se da riqueza que só ao povo venezuelano pertence.

Esta é a única luta realmente de esquerda. A única solução pacífica para o bem do povo venezuelano.

E ao que parece, ao contrário dessa esquerda capituladora de México, Bolívia e Uruguai, o povo venezuelano seguirá “bloqueando” a ação golpista, a custa até mesmo da própria vida, já que são milhões de venezuelanos voluntários que hoje se armam para defender, a todo custo, o seu país e as suas riquezas.

Um regime onde o povo pega em armas, expõe a própria vida, para defender o governo que ele mesmo elegeu, jamais poderá ser chamado de ditatorial, a não ser à base de muita mentira e manipulação, um tremendo esforço golpista ao qual aderiu este Grupo de Montevidéu.

Fora o imperialismo da Venezuela!

 

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