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Região Norte

Esquadrões da morte no Amazonas aterrorizam indígenas Munduruku

Uma operação da PM do Amazonas, no município de Nova Olinda do Norte (126 km de Manaus), impôs o terror contra os indígenas da etnia Munduruku.

Uma operação deflagrada pela Polícia Militar do Amazonas, no município de Nova Olinda do Norte (126 km de Manaus), resultou na morte de um indígena Munduruku e no desaparecimento de outro. Os indígenas eram da Terra Indígena Kwatá Laranjal, e Maraguá, da aldeia Terra Preta, além de ribeirinhos do Projeto de Assentamento Agroextrativista Abacaxi.

A cacica Alessandra Munduruku, parente dos indígenas Josimar Moraes Lopes, de 25 anos, encontrado morto no rio, e Josivan Moraes Lopes, de 18 anos, desaparecido até o momento, disse “que nunca tinha ocorrido um episódio de violência como este.”

O secretário-executivo do Fundo de Promoção Social do governo Wilson Lima (PSC), Saulo Moysés Costa, estava pescando de maneira ilegal no rio Abacaxis, próxima a comunidades tradicionais dos Projetos de Assentamento Agroextrativistas (PAEs) Abacaxis I e II, nos municípios amazonenses de Borba e Nova Olinda do Norte. Ocorreu que o secretário foi baleado no ombro enquanto pescava ilegalmente, mesmo que estivesse em vigor a proibição das atividades esportivas e de lazer em decorrência da pandemia do COVID-19. Esse fato motivou a operação da PM amazonense contra os indígenas.

É evidente que a operação da PM teve por objetivo aterrorizar os povos indígenas Munduruku, em retaliação ao que ocorreu com Saulo Moysés. A ação da PM demonstra que a direita tem o controle do aparelho de repressão estatal e o utiliza para a proteção de seus interesses.

É preciso organizar os povos indígenas em comitês de autodefesa. A Polícia Militar age para salvaguardar os interesses dos latifundiários e dos políticos de direita no estado do Amazonas, que, por sua vez, são representantes dos grandes proprietários de terras. Somente a auto-organização dos Mundurukus será capaz de impedir que a PM realize mais operações de terrorismo contra as comunidades. Solicitar uma intervenção da Polícia Federal é uma medida inócua, pois esta é controlada pela extrema-direita bolsonarista.

O assassinato e desaparecimento promovidos pela PM têm um significado político, que é o de demonstrar o que pode acontecer caso os indígenas reajam às arbitrariedades cometidas contra seus direitos e o meio ambiente. Ou seja, trata-se de uma verdadeira ditadura policial imposta sobre os indígenas no Amazonas.

O governador Wilson Lima, do Partido Social Cristão, a mesma agremiação política de Wilson Witzel, é um político de extrema-direita fascista, capaz de promover todo tipo de terrorismo para atender aos interesses dos latifundiários no estado. O principal instrumento de repressão é a Polícia Militar, uma força de imposição do terrorismo de estado contra a população. Esta age em conjunto com as milícias de pistoleiros.

 

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