Milícias formadas por agentes do aparato repressivo do estado do Pará promovem há duas semanas um banho de sangue aparentemente sem precedentes na capital paraense.
A matança começou em 29 de abril, exatamente no mesmo dia do assassinato da cabo da Polícia Militar, Maria de Fátima Cardoso. Desde então, 80 pessoas foram assassinadas na região da grande Belém, incluindo 3 policiais militares, que deve ser queima de arquivo.
A crise de violência tem origem nos grupos de extermínio formados por policiais civis e militares, guardas municipais, agentes prisionais, seguranças privados e etc., que atuam como justiceiros em relação aos assassinatos de membros das chamadas “forças de segurança”.
A prática macabra também é comum em outras regiões do País, onde não raramente a morte de agentes é seguida por grandes chacinas.
A estratégia para o combate dessa prática passa pela extinção da PM e pelo armamento da população, que sofre indefesa frente aos órgãos de repressão do Estado.