Depois do bombardeio sofrido por parte da imprensa europeia e também do próprio técnico do time (PSG) onde atua, o craque brasileiro Neymar finalmente encontrou alguém que já esteve dentro dos gramados para defendê-lo da conduta adotada depois da partida, onde o atacante brasileiro revidou uma provocação oriunda das arquibancadas, vinda de um torcedor do time oponente, o Rennes.
De passagem pelo Brasil em compromissos de divulgação da “Champions League”, o ex-craque português que atuou pelo Real Madrid e Barcelona, Luis Figo, eleito o melhor jogador do mundo em 2001, declarou em entrevista que embora reprovasse a atitude de Neymar, disse entender a situação do jogador. “Como jogador, posso entender perfeitamente o Neymar. Acho que é uma ação que tem que ser reprovada, mas entendo que depois de um jogo importante, em que você perde um título, está chateado, pode, após uma provocação, perder a cabeça e ter uma reação instintiva da qual se arrependa de cabeça fria. De todo modo, é reprovável” (ESPN, 02/05).
Indo um pouco mais além nas declarações, disse também sobre o nosso melhor jogador: “Acho que há muita responsabilidade depositada sobre ele, a pressão por ser um jogador que leve uma seleção a ser campeã do mundo ou um time a ser campeão da Europa. Claro que ele tem essa responsabilidade por causa da qualidade que sempre demonstrou” (idem, 02/05).
Mas não parou por aí. Figo também rasgou elogios a Neymar, declarando aquilo que o torcedor brasileiro já sabe: “Acho que é um dos melhores jogadores da atualidade, que pode ganhar qualquer título individual. Mas os títulos individuais vêm junto com outros títulos coletivos. E depende muito de com quem você está competindo por esses títulos individuais, o contexto de momento, o seu rendimento na temporada, a qualidade do time que você defende e a importância do campeonato que você disputa. São muitas coisas que influenciam e que não têm necessariamente a ver com a qualidade individual do jogador” (idem, 02/05).
As declarações ponderadas e sensatas do ex-jogador português servem como antídoto às críticas e golpes que o atacante brasileiro que atua no futebol francês vem recebendo, não somente neste caso específico, mas em qualquer outra situação que parte da imprensa europeia veja como uma oportunidade para atacar o futebol brasileiro e seu material humano, os jogadores, particularmente os que atuam pela seleção nacional.
O ataque ao futebol brasileiro – já dissemos isso aqui inúmeras vezes e diremos quantas vezes mais for necessário – cumpre o papel de tentar desacreditar e desmoralizar não só o nosso futebol, mas é parte da campanha para atacar o Brasil e o povo brasileiro, levada adiante pelo imperialismo, inimigo dos povos oprimidos e explorados em todo o mundo.