Confirmando o ponto de vista apresentado por este DCO, quando a FIFA apresentou o VAR como a grande “novidade” da Copa do Mundo de 2018, o árbitro de vídeo, como já publicávamos em nossa imprensa (digital e escrita), nada mais era do que uma nova ferramenta e um novo mecanismo para controlar e manipular, de forma ainda mais aguda, o esporte mais popular do mundo, o futebol.
Desde a Copa do Mundo, o VAR vem ganhando espaço cada vez maior nos gramados em todo o mundo, supostamente como auxiliar do árbitro de campo para dirimir lances polêmicos que, em tese, não poderiam ser captados pelo olho humano.
A realidade, no entanto, vem demonstrando que esse objetivo não só não vem sendo atingido, como o VAR está se tornando um elemento ainda maior de polêmica, dúvida e confusão ali onde supostamente estaria para corrigir erros cometidos pela arbitragem convencional.
No futebol brasileiro, o recurso eletrônico vem ganhando cada vez mais espaço nas competições oficiais do calendário futebolístico nacional, com federações de vários estados adotando o VAR como instrumento “auxiliar” do árbitro de campo. Neste momento, em que os campeonatos estaduais entram em suas etapas finais, o VAR vem roubando a cena em jogos decisivos importantes.
Na semifinal do campeonato carioca, o VAR “entrou em campo” para confundir ainda mais a arbitragem na partida entre Flamengo x Fluminense, não dirimindo nada e criando uma polêmica ainda maior. Nas semifinais do “Paulistão” – o maior e mais importante campeonato estadual do país – novamente o famigerado árbitro de vídeo “roubou” a cena na partida entre Palmeiras e Novorizontino.
Também no que diz respeito às imagens fornecidas pelas emissoras – ou mais precisamente pela única emissora (Rede Globo) que detém os direitos para a transmissão dos jogos – o que se sabe agora é que a golpista televisão da família Marinho manipula escancaradamente as imagens. A emissora mãe do golpe de 2016 não disponibiliza todas as imagens para o público. De acordo com uma publicação no site “UOL de Primeira”, “isso acontece porque há dois ‘feeds’ de imagem diferentes nas partidas: um gera imagens para a transmissão televisiva e para o VAR, enquanto o outro gera apenas para o árbitro de vídeo. Por isso, ainda que a Globo seja a geradora de todas as imagens usadas na cabine pelos árbitros, há algumas que são exclusivas do VAR – impedindo a veiculação para o público geral” (UOL, 02/04).
Ora, como assim! Por que há imagens que são “exclusivas do VAR”? Por que essas imagens são desconhecidas do público em geral? Qual o interesse em ocultá-las? Com a palavra, os maiores agentes manipuladores da opinião pública nacional.