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Não à interdição e à privatização do estádio municipal do Pacaembu

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF), entidade que controla o esporte mais popular do país, o futebol, acaba de anunciar que um dos mais tradicionais e gloriosos palcos do espetáculo futebolístico nacional não irá receber partidas das diversas competições que fazem parte do calendário nacional, incluindo neste ano a Copa América, que o país sediará no meio do ano. Até mesmo a seleção brasileira não poderá atuar no Pacaembu, estádio que pertence à cidade de de São Paulo, administrado pela prefeitura local.

O velho estádio foi inaugurado em 1940 (em 2020 irá completar 80 anos) e sempre foi palco dos grandes clássicos da capital, acolhendo também outras partidas de relevante importância estadual e nacional. Trata-se de um dos patrimônios esportivos e culturais mais representativos da capital  paulistana, sendo também a segunda opção para mando de jogos das grande equipes do estado (Santos, Corinthians, Palmeiras, São Paulo) quando estes não podem jogar em seus próprios estádios.

A decisão da CBF em interditar o Pacaembu para os jogos desta temporada decorre da postura adotada pela prefeitura da cidade em não atender a uma recomendação da entidade nacional, que colocou como condição para a liberação do estádio a substituição da iluminação, onde as lâmpadas hoje existentes deveriam ser substituídas por outras de tecnologia superior, o que garantiria uma maior visibilidade e segurança nos dias de jogos.

Em seu comunicado sobre a recusa em atender a recomendação da CBF para substituir as luminárias, a prefeitura declarou que “isso poderia atrapalhar o projeto, em andamento, de conceder o estádio à iniciativa privada. “O Pacaembu está em vias de concessão e a estrutura atual do equipamento não pode sofrer alterações” (ESPN, 26/02). “No caso específico, o investimento da troca de iluminação demandaria um gasto que aumentaria o valor comercial da proposta e implicaria no cancelamento do processo” (Idem, 26/02).

O processo de privatização do estádio e de outros patrimônios da maior e mais importante cidade do país começou na gestão do então prefeito golpista/coxinha João Dória. A figura patética, ridícula e caricata do prefeito ficou conhecida pelas atrocidades cometidas contra a população pobre da cidade, como o ataque aos dependentes químicos da chamada “cracolândia” e também pela tentativa em remover moradores de rua despejando jatos de água gelada enquanto estes dormiam ao relento na gélida madrugada paulistana. Uma prática comparável às barbaridades nazistas na Alemanha hitlerista.

O processo de privatização está atualmente paralisado, depois de decisão da 13° Vara da Fazenda Pública. A decisão pela suspensão ocorreu no  mesmo dia em que foram abertos os envelopes com as propostas para a concessão. Certamente alguma falcatrua foi detectada no processo de “privatização”, que na verdade nada mais do que a transferência, para o capital privado, do patrimônio público erguido com o esforço e os recursos do povo trabalhador da cidade.

Agora como governador eleito, no rastro da mesma fraude que elegeu Bolsonaro, o governador coxinha/golpista João Dória já anunciou diversas outras privatizações (entrega) do patrimônio público ao grande capital privado, os mesmos que despejaram rios de dinheiro em sua campanha.

Está colocado para os torcedores e as torcidas organizadas um vigoroso movimento de repúdio à decisão não só de interdição do Pacaembu, como a luta para impedir também a privatização do velho e tradicional estádio da capital paulistana.

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