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Sem torcida no estádio, Vasco derrota o Fluminense e fica com o título da Taça Guanabara

Em uma partida que revelou mais uma vez a balbúrdia organizativa dos dirigentes de clubes e da Federação de Futebol do Rio de Janeiro, o Vasco derrotou o Fluminense na final da Taça Guanabara (primeiro turno) pelo placar mínimo de 1 x 0 e sagrou-se campeão. Fora das quatro linhas, foi travada uma batalha jurídica envolvendo a diretoria dos dois clubes e a federação carioca, onde estava em “disputa” a ocupação de espaços no estádio para as torcidas dos dois clubes. O Maracanã, que sempre foi palco dos clube e das torcidas, hoje é administrado por empresários, que buscam não o espetáculo, não a magia do futebol, mas única e tão somente o lucro e a exploração do espaço que outrora já foi o templo do futebol brasileiro.

Inicialmente, a “justiça” carioca decidiu pela realização da partida com portões fechados, sem acesso às torcidas das duas agremiações. A diretoria do Vasco, no entanto, decidiu descumprir a decisão – mesmo sabendo da multa de R$ 500.000,00 que lhe seria imposta – e colocou a venda mais de 30 mil ingressos para os seus torcedores. Os torcedores do Fluminense, por sua vez, atenderam ao comunicado da diretoria tricolor, através das redes sociais, e não compareceram ao estádio. Com o ingresso em mãos, a torcida vascaína protestou nos portões de acesso ao Maracanã exigindo o seu legítimo direito de aceso às dependências do estádio para assistir à partida. Neste momento entra em ação a habitual e costumeira truculência policial, que usa e abusa da violência contra os torcedores, não poupando idosos, mulheres e crianças, distribuindo cassetadas, bombas de gás lacrimogêneo e tiros de bala de borracha. Vinte e nove torcedores ficaram feridos, sendo alguns hospitalizados.

Com a partida já em andamento, por volta dos trinta e cinco minutos da etapa inicial, uma nova liminar foi concedida autorizando a abertura dos portões para o acesso da torcida. Na verdade, torcida única, a do Vasco, pois somente um ou outro torcedor identificado com a camisa tricolor foi visto no estádio. Estima-se que mais de 20 mil vascaínos estavam presentes ao estádio na tarde de domingo. E isso acabou fazendo a diferença, pois a inflamada torcida cruzmaltina não parou um só momento de incentivar o time.

Em campo, um jogo equilibrado, com o Fluminense colocando em prática a filosofia do seu novo técnico, Fernando Diniz, de valorização da posse de bola, buscando espaços com a movimentação constante dos seus homens de meio-campo e ataque para encontrar espaço de penetração na defesa adversária. O Flu esteve melhor em todo o primeiro tempo, criando oportunidades que levaram perigo à meta do goleiro cruzmaltino. Mas a pontaria não estava calibrada com muitos erros nas finalizações.

Na segunda etapa, o técnico Alberto Valentim (Vasco) reorientou a estratégia do time, diminuindo os espaços e não permitindo ao Fluminense o trabalho com a bola. Mas isso não resultou em melhoria para o alvinegro cruzmaltino, que praticamente não incomodou o guarda-metas Rodolfo, do Fluminense. O gol que deu a vitória e também o título ao Vasco saiu de uma cobrança de falta pelo lado direito do ataque vascaíno, com a bola sendo alçada à área, que não foi alcançada por ninguém. Era um cruzamento, que acabou se tornando gol. Um típico lance daqueles em que a defesa fica assistindo, o goleiro fica indeciso e a bola, mansamente, vai morrer nas redes.

Mais uma vez a política nefasta dos cartolas dirigentes e das federações estaduais macularam o espetáculo, onde duas das maiores equipes do país foram obrigadas a disputar uma final de turno de um campeonato que em todos os sentidos e por todos os ângulos que se queira ver, é a marca indelével do caos em que se encontra o esporte mais popular do país.

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