A entidade maior do futebol mundial, a FIFA, comunicou nesta quarta-feira, dia 06 de fevereiro, que deverá manter no cargo de presidente da entidade, pelo menos até 2023, o suíço-italiano Gianni Infantino, que vem exercendo a presidência da federação internacional desde fevereiro de 2016, quando foi eleito para suceder o então presidente Joseph Blatter, o suíço “todo poderoso” que comandava a entidade há vários mandatos, denunciado e afastado por liderar um esquema de corrupção junto com ex outros membros do organismo. Infantino está sendo confirmado como candidato único na eleição prevista para acontecer em junho pela Federação Internacional.
Diz o comunicado que “após a convocação para a eleição divulgada pelo Conselho da Fifa em 10 de junho de 2018, as associações membros da Fifa propuseram, no devido tempo e método, o seguinte candidato para a eleição presidencial a ser realizada no 69º Congresso, em Paris, no dia 5 de junho de 2019: Sr. Gianni Infantino” (Gazeta Esportiva online, 06/02).
Blatter reinou absoluto por 17 anos à frente da Fifa, onde nesse período articulou e consolidou a influência das grandes corporações e marcas esportivas (Nike, Adidas, Umbro, Puma) que controlam o esporte ao redor do mundo. Foi durante a sua longeva passagem na presidência da entidade que três seleções européias conquistaram de forma consecutiva o título mundial de futebol (Itália, 2006; Espanha, 2010 e Alemanha, 2014). Em 2018, já afastado, mas ainda influente, outra seleção do velho continente viria a ser campeã: A França, na Copa da Rússia.
Vale destacar que foi sob o comando de Gianni Infantino a decisão da Fifa de implanta o árbitro de vídeo, o polêmico e famigerado VAR, que no cômputo geral, “atuou” beneficiando as seleções de maior peso e influência na última edição do mundial, realizado na Rússia.
Infantinno representa os mesmos interesses que foram iniciados e consolidados na era Blatter. Embora não pertença diretamente ao mesmo grupo político do suiço afastado pelos escândalos, o candidato único à reeleição Gianni Infantino é a continuidade da mesma política e dos mesmos altos interesses que comandam o mundo do futebol, marcado pela pressão e pela influência gigantesca das grandes corporações capitalistas, que buscam o lucro a qualquer custo.