Foi emocionante, foi sofrido. O futebol brasileiro, na noite dessa quarta-feira, dia 12, incorporou à sua galeria, ao seu acervo já gigantesco, mais um título internacional. Em um ano onde os clubes brasileiros foram muito prejudicados pelas entidades “organizadoras” das competições continentais, ficou para o “Furacão” a tarefa de “lavar a alma” do nosso futebol, que ainda é, a despeito de todos os ataques e das manobras insidiosas e pérfidas dos adversários e inimigos – o melhor futebol do mundo, indubitavelmente.
O time do Paraná enfrentou na final da segunda competição mais importante do continente, o bom time do Junior Barranquilla, da Colômbia. Na primeira partida, realizada no território do adversário, o “Furacão” arrancou um importante resultado, trazendo para a partida decisiva um precioso empate. Nesta segunda partida, a torcida compareceu em massa, com mais de 40 mil torcedores lotando a Arena da Baixada, em Curitiba. O jogo foi tenso, travado, pegado, como são todas as grande batalhas. O time brasileiro começou a partida indo para cima e o gol saiu aos 25 minutos, através do seu artilheiro, Pablo. Os colombianos pareciam perdidos e atônitos em campo, tamanho o domínio do “Furacão”. O primeiro tempo terminou com o placar favorável aos donos da casa.
Mas as coisas se inverteriam completamente no segundo tempo, com o Junior Barranquilla parecendo que havia colocado outro time em campo. Os colombianos não deram trégua e foram com tudo para cima dos brasileiros. Foi um verdadeiro bombardeio contra o gol do bom goleiro Santos. Felizmente para o Atlético e seus torcedores a pontaria dos atacantes do time colombiano não estava calibrada. Foram pelo menos três gols que pareciam certos desperdiçados pelo adversário. De tanto pressionarem, o Junior Barranquilla chegou ao empate aos doze minutos. Mas não se acomodaram e continuaram perdendo gols. O Atlético, no entanto, suportou a pressão até o apito final, conduzindo a decisão para a prorrogação. Mais trinta minutos de sofrimento e tensão marcaram o tempo extra.
A tragédia para o futebol nacional mostrou a cara no segundo tempo da prorrogação, quando o adversário do time brasileiro teve um pênalti a seu favor e tudo parecia se encaminhar para a derrota do Atlético e a confirmação do título para os colombianos. Mas a pontaria do atacante adversário continuava apontada para outra direção diversa do gol e a cobrança foi muito mal executada, com a bola sendo isolada para as arquibancadas. Alívio total na Arena da Baixada. Apito final e mais momentos de tensão e expectativa com a decisão indo para os pênaltis.
Na cobrança, os mesmos desacertos por parte do time colombiano, que manteve o mesmo desempenho sofrível nas finalizações durante o tempo regulamentar, em particular na segunda etapa. Da parte dos jogadores do Atlético escalados para a cobrança, somente um deles não converteu. O JB errou duas cobranças e os brasileiros converteram quatro, errando apenas uma cobrança. Na contagem final, 4 x 3 para o Atlético, com o estádio explodindo, na primeira conquista internacional do time paranaense.
Agora, como campeão da Sul-Americana, o Atlético-PR enfrentará o campeão da Libertadores, o River Plate, na disputa da Recopa do continente. A primeira partida acontecerá no dia 20 de fevereiro, na Arena da Baixada. A partida de volta está marcada para o dia 6 de março, no Monumental de Nuñez, casa do River Plate. Prá cima deles, “Furacão”. O futebol brasileiro é superior e pode trazer mais um título internacional para o Brasil.