A campanha de ataques e tentativas de desmoralização do melhor futebol do mundo, o futebol brasileiro e seus protagonistas segue a todo o vapor no velho continente. O capitalismo em sua fase de decadência – em que o imperialismo é uma das suas expressões mais evidentes – busca de todas as formas uma sobrevida para manter sua dominação, vendo no futebol um dos nichos mais lucrativos e atraentes para os investimentos das grandes corporações e dos grandes grupos de investidores, que nada mais são do que parasitas desta etapa atual, de completa desagregação do sistema em seu conjunto.
Esses megainvestidores nada têm a ver com o futebol, não havendo vínculo de qualquer natureza cultural. Eles buscam no esporte mais popular do mundo única e tão somente uma forma de destinação do enorme excedente de capital que circula no planeta, sendo que grande parte dessa massa não tem qualquer lastro na economia real.
Dessa forma, o esmagamento do verdadeiro e autêntico futebol enquanto expressão cultural dos países e dos povos e da cultura de massas se coloca como uma necessidade para o grande capital dar continuidade à sua ofensiva. Uma das expressões mais contundentes desse fenômeno é a tentativa de atribuir ao futebol europeu qualidades que ele não tem e nunca teve. A “grandeza” do futebol do velho continente se dá quase que exclusivamente em função da presença de dezenas, senão centenas de jogadores oriundos de outras partes do mundo, que são os que garantem o espetáculo nos gramados europeus. Em sua maioria, são atletas de futebol originários do nosso continente, o sul-americano, um imenso celeiro de craques que desfilam suas habilidades exibindo o melhor do futebol em todos os continentes.
O craque brasileiro Neymar é o exemplo mais representativo desta situação. O ex-jogador do Santos realizou e vem realizando temporadas memoráveis nos gramados do velho continente, tanto no clube que o tirou do Brasil (Barcelona), quanto no seu atual time, o PSG, da França, controlado por um grupo de investidores do mundo árabe. Todavia, a imprensa e os “especialistas” em futebol da Europa insistem em não reconhecer isso, vale dizer, o óbvio.. Na recente eleição dos melhores do mundo que uma publicação francesa (France Football) promove ao final de cada temporada, Neymar ficou na décima segunda posição, abaixo inclusive de nomes que sequer se aproximam do nível técnico do craque brasileiro.
Nesta terça-feira, dia 11 de dezembro, Neymar mais uma vez mostrou ao mundo porque já é merecedor da bola de ouro como o melhor jogador de futebol do planeta. O craque brasileiro, mais uma vez, deu uma verdadeira aula de futebol na partida em que o seu time destroçou o adversário, o Estrela Vermelha, da Sérvia, em partida válida pela Liga dos Campeões da Europa. A partida foi vencida pelo PSG pelo placar de 4 x 1 e Neymar foi novamente o destaque do jogo, com dribles desconcertantes, passes precisos e, para coroar, marcando um golaço, deixando dois zagueiros e o goleiro batidos, antes de estufar as redes.
A destacada atuação de Neymar é emblemática no sentido da superioridade do futebol brasileiro em relação ao europeu. Mas não só isso, é a demonstração viva e incontestável da tentativa de desmoralização e do não reconhecimento, por parte dos “especialistas”, de que aqui por essas terras se pratica o genuíno e autêntico futebol. Assim, fica claro que a não escolha de Neymar como o melhor do mundo nesta edição da bola de ouro de 2018 se deu exclusivamente por critérios puramente políticos e econômicos, desconsiderando completamente a estatura do grande futebol do brasileiro nos gramados europeus.