No último domingo, a polícia argentina reprimiu com brutal violência um grupo de torcedores do River Plate que comemoravam de forma entusiasmada e pacífica o título que acabara de ser conquistado pela equipe, na final contra o rival Boca Juniors, em partida realizada em Madrid, quando o time do bairro de Belgrano, na capital do país, fez 3 x 1 no adversário.
Mais de 50 mil “milionários” (como são conhecidos os torcedores do River) lotaram os arredores do Obelisco, em Buenos Aires, para comemorar o título. No auge da comemoração, alguns torcedores mais exaltados se excederam nos festejos, o que já foi motivo para a polícia agir com a habitual e costumeira violência, disparando tiros de bala de borracha e gás de pimenta contra os torcedores, que, por sua vez, reagiu atirando pedras e objetos contra os policiais.
O país vizinho vivencia um momento de grande instabilidade econômica, com grande agitação política e social, um estado de rebelião latente em função dos ataques do governo neoliberal pro-imperialista do presidente Mauricio Macri, que vem atacando duramente os direitos e conquistas das massas portenhas.
A repressão à torcida do River Plate e a todas as outras manifestações e protestos tem por objetivo sufocar e não permitir desenvolver as lutas sociais de rua contra o governo Macri e os patrões argentinos. A burguesia e o patronato têm plena consciência do repúdio da população às medidas do governo contra a economia nacional e as massas populares. Daí a necessidade da repressão contra todas as formas de protestos, sejam eles de que natureza for.