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Fernando Diniz: a ousadia de fazer valer o verdadeiro futebol brasileiro

A terceira rodada do campeonato nacional da atual temporada seria apenas mais uma rodada, sem maiores surpresas, se não fosse a partida que colocou frente a frente duas das maiores forças que envergam camisas de grande peso e tradição no futebol brasileiro, com seis títulos nacionais somadas as conquistas de cada time na maior e mais importante competição de clubes do país.

Grêmio e Fluminense realizaram uma partida repleta de emoção e bom futebol, como há muito tempo não se vê dentro das quatro linhas em competições nacionais. Pode-se afirmar, seguramente, que foi não só a melhor partida de 2019, como uma atípica em quase todos os sentidos. O confronto aconteceu na “Arena Grêmio”, onde o time da casa dificilmente é batido, sempre contando não só com a sua força de time compacto, pegador, taticamente organizado e disciplinado, mas também com o apoio de sua sempre numerosa e inflamada torcida, que comparece em massa lotando as arquibancadas, ou melhor nos “estádios” modernos, as cadeiras numeradas.

O choque de tricolores reuniu duas equipes que ainda não haviam vencido na competição, tida e  reconhecida como uma das mais equilibradas e difíceis de todo o mundo. O tricolor carioca vinha de duas derrotadas, sendo uma dentro de casa, para o Goiás. O Grêmio, até então, registrava uma derrota, na estreia e uma empate, na segunda partida, contra os catarinenses do Avaí.

Os tricolores gaúchos iniciaram arrasadores a partida, envolvendo o a equipe carioca com um futebol que é a sua característica, de forte marcação e poderio ofensivo, neutralizando a característica principal do tricolor do Rio de Janeiro sob a direção de Fenando Diniz, técnico da nova geração de treinadores brasileiros, adepto do futebol que valoriza a posse de bola e o trabalho de movimentação dos jogadores em busca da abertura de espaços para uma jogada de penetração em direção ao gol.

Mas o Grêmio estava arrasador e a partida já registrava três a zero para os donos da casa aos vinte e um minutos da etapa inicial. Goleada a vista, era esse o prognóstico de qualquer torcedor, considerando a facilidade com que os gaúchos chegaram ao surpreendente placar. O objetivo aqui, no entanto, não é analisar a partida em si, mas a estratégia adotada pelo técnico Fernando Diniz para reverter um placar que já se anunciava como goleada, ou no mínimo como mais uma derrotada do seu time. O jovem técnico, ao contrário do que acontece com muitos outros treinadores nacionais, não entrou em desespero, manteve-se calmo e confiante, reorientou o time para o segundo tempo, que terminou com o placar de 3 x 2, pois o tricolor carioca não se abateu e em dois lances sucessivos, diminuiu o que já parecia irreversível.

Fernando Diniz merece ser exaltado pela coragem e pela determinação de não se acovardar, de não buscar apenas uma derrota “honrosa”, de perder com “dignidade”. Não que a derrota não pudesse acontecer e se viesse não seria nenhuma tragédia, a não ser a de manter o time na lanterna da tabela. Mas o técnico recusou-se a acreditar que o time não pudesse reagir, não teria forças para reverter uma situação, muito, mas muito adversa. Diniz manteve a mesma estratégia do futebol posse de bola e com isso partiu para cima do adversário, como todo técnico ousado e que acredita no potencial do time deve fazer, sem se acovardar, sem prostrar diante de esquemas tímidos, falidos e derrotistas. O Fluminense cumpriu estritamente as orientações do técnico e foi muito guerreiro dentro de campo. O time foi em busca do placar e o resultado foi uma virada espetacular diante de um adversário muito forte, igualmente aguerrido e combativo, quer valorizou muito a primeira vitória tricolor no campeonato.

Fernando Diniz teve a ousadia de mostrar ao torcedor e aos que vivem o futebol brasileiro que é possível ser ousado, determinado, que o nosso futebol é gigante, que é possível praticar um futebol vencedor, ofensivo e vibrante. O exemplo do técnico tricolor na partida em que sua equipe nos fez recordar do verdadeiro futebol brasileiro deve ficar como exemplo para que toda uma nova geração de técnicos de futebol do nosso país abandonem os esquemas defensivos, fechados, herméticos, que nada têm a ver com a tradição e com o verdadeiro futebol brasileiro, pentacampeão do mundo, revelador de grandes craques e protagonista de grandes conquistas.

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