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Fascismo na Espanha

Espanha: saudações nazistas e ameaça de golpe dos militares

O espectro do fascismo ronda a Europa. Na Espanha, após recentes cartas de ex-comandantes espanhóis ao rei Felipe VI, tornou-se evidente o recrudescimento da extrema-direita

O espectro do fascismo ronda a Europa. Na Espanha, após recentes cartas de ex-comandantes espanhóis ao rei Felipe VI, tornou-se evidente o recrudescimento da extrema-direita no país ibérico. Segundo a carta, o governo espanhol está levando a cabo o “aniquilamento da nossa democracia” devido à sua relação com “os herdeiros de terroristas”. Compartilhando mensagens abertamente fascistas em grupos de bate-papo, a velha guarda Franquista demonstrou que os ideais do “Generalíssimo” ainda estão em voga.

Nesta quarta-feira, 16, soldados espanhóis foram filmados cantando uma canção sobre a Divisão Azul (unidade de voluntários espanhóis e portugueses cujo objetivo era apoiar o exército nazista e combater os comunistas e a União Soviética) e fazendo a saudação nazista de braços erguidos. Segundo o sítio lamarea.com as imagens estão relacionadas com celebração do Dia da Purísima, do dia 8 de dezembro de 2019, e foram gravadas na sede da Brigada de Paraquedas (BRIPAC) em Paracuellos del Jarama, em Madrid.

Militares franquistas do exército espanhol

Embora os fatos apontem para uma clara disposição da extrema-direita em implementar um regime fascista, Margarita Robles, ministra da Defesa, disse no domingo passado, 13, que as Forças Armadas espanholas são claramente democráticas. Para o governo espanhol, as cartas ao rei não tem grande importância, pois, seriam de militares aposentados sem qualquer influência sobre os uniformizados em serviço. No entanto, sabe-se que entre os soldados a ideologia de extrema-direita tem ganhado cada vez mais espaço.

Cantando e dançando ao som da música Primavera da banda de rock neonazista Stirpe Imperial, soldados uniformizados e outros à paisana dão demonstração inconteste do crescimento do fascismo na Espanha. Esta, portanto, é mais uma prova de que o fascismo é a ideologia do exército espanhol. Enquanto isso, o governo de esquerda burguesa do PSOE-Podemos insiste que as cartas reveladas de generais aposentados pedindo um golpe militar e defendendo o fascismo não representam nenhuma ameaça, da mesma forma que a esquerda brasileira dizia que não iria ter golpe no Brasil. Além disso, o VOX, partido destacadamente fascista já é a terceira força política do país e defende Francisco Franco com unhas e dentes. Não por acaso, o partido teve um ótimo resultado eleitoral justamente nas regiões onde há quartéis do exército – denunciando de maneira cabal, a convergência entre o VOX e os militares.

Em meio à crise econômica que atinge a Espanha, a questão independentista tem levado a população cada vez mais à se deslocar contra o despotismo do governo espanhol. Desde 2008, com a crise que promoveu uma verdadeira devastação econômica na Espanha, a classe operária tem sido a principal prejudicada; todavia, não foi a única a sofrer os danos da crise. Setores capitalistas, como a burguesia catalã, sobretudo a ligada à indústria também foram acossados pelo agravamento da crise econômica. Essa crise, porém, tem aumentado a polarização política no país, resultando, de uma maneira ainda mais nítida, num confronto entre a classe trabalhadora e a burguesia; assim como nos acontecimentos da Grécia e de Portugal. Nesse vácuo, contudo, o Podemos, na Espanha e o Syriza, na Grécia, assumiram a tarefa de arrefecer os ânimos das massas e estabelecer um governo de coalizão com a burguesia, buscando um entendimento com os setores responsáveis pela crise que empurra milhões de espanhóis para o degredo social.

Com a contraproducente fórmula das frentes com os partidos burgueses, esses partidos cumprem o papel de estrangular a mobilização popular, desviando a luta dos trabalhadores para o terreno institucional. Esse embuste, não obstante, revela-se ainda mais inoperante para a esquerda, visto o recrudescimento da extrema-direita e a total submissão desses partidos à política da direita, servindo-lhes, assim, como um apêndice da política burguesa, o que – em última análise, contribui para o fortalecimento da direita e a desmoralização dos partidos de esquerda. Longe de cumprir a tarefa de desenvolver a consciência das massas acerca do perigo do fascismo, os partidos reformistas adiam, ao custo da miséria e da degradação das condições de vida da população, o confronto iminente entre a classe operária e a burguesia, sobretudo a burguesia imperialista – responsável por toda a situação caótica da atualidade, onde até mesmo a vacina para imunização da covid-19 é utilizada como meio de solapar a economia dos países atrasados, desvelando a verdadeiro caráter reacionário e desumano dos monopólios farmacêuticos.

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