É possível balizar a História através de grandes ideias, por eventos econômicos, luta de classes. Mas, também é possível balizar a História por meio de doenças que acometem grandes grupos populacionais: as epidemias.
Foi aí que Stefan Cunha Ujvari no seu livro A História e suas epidemias, fez notar que a convivência do homem com os micro-organismos, pode fazer surgir uma fascinante narrativa tormentosa e, muitas vezes mortal. Esse encontro e, convivência entre seres humanos e aqueles invisíveis habitantes do planeta, os germes e vírus.
Acrescente que esses perigosos micro-organismos podem ser incrementados em laboratórios e mesmo, sofrerem mutações permanentes e, contagiarem populações inteiras.
Tudo considerado, chegamos ao cenário do coronavírus: guerra comercial com a China, derrocada do imperialismo no Mundo, perda de inúmeros mercados dos EUA, etc.
Contudo, se faltava o uso político dessa arma e guerra biológica…
Agora não falta mais: a Espanha proibiu em algumas localidades concentrações de massa, sob a desculpa de proteger a população do coronavírus.
Dessa forma, o uso político do novo vírus é pela primeira vez estabelecido com o pretexto para impedir a mobilização popular, a concentração de pessoas, protestos, coisa que a direita sempre tentou fazer, mas, agora encontra um bom motivo, uma excelente desculpa.
Nota-se a armadilha. Se a concentração de pessoas se torna perigosa por motivo da facilitação do contágio, para ser coerente com essa ideia seria necessário fazer como o Irã que liberou sua população carcerária. Ou seja, a “ditadura” iraniana, libertou 70 mil presos que estavam confinados e, agora estão sendo soltos, justamente devido á concentração grande de pessoas nas celas ser perigosa para o contágio
Por outro lado, se a Espanha não quer concentração nas ruas, não pode pelos mesmos motivos permitir a concentração carcerária, uma vez que nos presídios espanhóis por conta da doença os presos terão parte de seus direitos restritos, serão focos da doença que ameaça a todos.
Assim, Salvador Illa durante a conferência de imprensa após o Conselho de Ministros em La Moncloa anunciou que eventos de massa serão estudados caso a caso, em coordenação com as comunidades autônomas. Segundo o Ministro da Saúde espanhol, estas são as iniciativas do governo para interromper o progresso do coronavírus.
Observa-se que de um problema nasce uma “solução”. O exemplo espanhol pode se espalhar e a direita, inclusive no Brasil, onde está acuada pela mobilização das massas, pode importar o “expediente” e, querer proibir manifestações sob a desculpa da epidemia.
Um Mundo de incertezas, de vírus mortais que desembarcam no país justamente quando do desmantelamento do SUS, congelamento de gastos sociais por mais de 20 anos, perdas de direitos, desemprego jamais visto, desvalorização da moeda frente ao dólar, o destroçar dos sindicatos, organizações sociais e educacionais eis uma declaração de guerra aos trabalhadores que será feita pelos golpistas no poder! É preciso pôr abaixo o Mundo maravilhoso para apenas 1% de ricos. É preciso derrotar o imperialismo e os golpistas.
