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Impulso no genocídio

Escolas reabrem em quase 130 municípios no País: mobilizar pela suspensão, já!

"Em breve", todas as aulas voltarão. No dia 8, escolas do ensino infantil privado e redes estaduais voltaram especialmente no RS e SP. Sem a mobilização milhares serão assassinados

A direita avança com a volta às aulas e o genocídio da população desesperadamente, seu único receio bem como o nosso objetivo: a mobilização dos trabalhadores e dos estudantes. No dia 8 de setembro, dezenas de instituições reabriram, especialmente no RS do “científico” Eduardo Leite. Já em SP, a autorização para o funcionamento do ensino presencial foi dada. Como já avisa o atual ministro da Educação, Milton Ribeiro, “as aulas devem voltar em breve”. Para isso, as farsas e as demagogias para assassinar a comunidade escolar são diversas, mas a motivação é acima de tudo econômica. 

De acordo com um relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) divulgado nesta terça, a suspensão das atividades escolares deve causar um impacto de 1,5% na economia global por até um século. Ou seja, a economia decadente do capitalismo não aguenta ficar de quarentena e combater a crise sanitária. Muito pelo contrário, fica evidente que na atual crise de demanda é mais importante salvar os monopólios capitalistas do que a vida do povo trabalhador. Por isso, o governador do Rio Grande do Sul, conhecido como “Bolsoleite”, defende que a educação deve ser considerada um serviço essencial, mesmo na pandemia, e que retornar o mais rápido possível. 

Pois bem, é engraçado perceber que quando a burguesia necessita da reabertura, a educação se torna essencial para o futuro do Brasil até para aqueles que sempre apoiaram e concretizaram seu sucateamento. Se trata de uma completa farsa da direita, escondida dessa vez sobre um discurso típico da política pequeno burguesa: “Ninguém está obrigando ninguém a voltar”, como disse o Secretário estadual da Educação Faisal Karam. A princípio, os prefeitos podem vetar o retorno, assim como os pais têm autonomia para levar ou não levar seus filhos para a escola. Entretanto os prefeitos estão completamente subordinados e de acordo com a política Bolsonarista, salvo raras exceções, e os pais estão sendo forçados a trabalhar para sobreviver e muitas vezes não conseguem cuidar de seus filhos. Nesse sentido, vale ressaltar que a direita pretende criar depósitos de crianças para que seus pais possam continuar sendo escravizados.

 A volta às aulas já começou em pelo menos 128 municípios de SP. No RS, independente das posições contrárias da maioria da população, do secretário municipal da Saúde em Caxias e da presidente do Cpers-Sindicato, diversas escolas já aderiram ao calendário federal, que autoriza municípios em bandeira laranja e amarela a voltarem sobre algumas condições de segurança medíocres. Foi o caso em Caxias do Sul, onde foram abertas 40 escolas de um total de 150, como também de Bento Gonçalves, Garibaldi, Carlos Barbosa, Canela, São Marcos e Flores da Cunha, Bagé e Lajeado. 

Ao todo a burguesia não teve seu resultado tão esperado, a adesão foi baixa até no RS. Isso porque não é necessário ser um intelectual pequeno burguês para entender que o genocídio é completamente escancarado. A maior parte das 21 regiões de saúde definidas pelo governo do Estado não autorizou a reabertura mesmo com as medidas milagrosas de higienização e isolamento. Em Taubaté as escolas municipais reabriram, porém a autorização para a antecipação da reabertura para reforço escolar e atividades opcionais do plano de SP não foram suficientes para levar os estudantes para escola, nenhum apareceu. Na rede privada da cidade, os colégios de ensino fundamental e de educação infantil retornaram, mais uma franca minoria comparece às aulas.

 Entre as medidas de segurança, agrupam-se as mínimas como máscaras, álcool e a diminuição da capacidade, e as mais inovadoras como a desinfecção dos pés das crianças em um aparelho ultravioleta, caso da escola Xodó da Vovó. Se alguma criança apresente algum sinal de febre ou mal-estar, ela fica em uma salinha especial, sob observação de um adulto. Então seus pais ou responsáveis são contatados para virem buscá-la e encaminhá-la para atendimento. Como afirmou Helenir Aguiar Schürer, presidente do Cpers-Sindicato, às crianças, assim como seus pais, estão servindo de cobaias do estado. Sem uma política de testagens em massa, de construção de hospitais, leitos e respiradores, e principalmente da criação e da ampla distribuição de uma vacina, tem-se certeza que não será seguro, e pior, de que milhares irão morrer. 

A situação também se radicaliza em outros locais do País. Além do Amazonas, onde centenas já foram contaminados, o governo do Pará autorizou o início das aulas em 1º de setembro. Em Minas Gerais, cursos de pós-graduação puderam reiniciar aulas presenciais no sábado (5). Em Pernambuco, assim como em RS, as unidades educacionais podem funcionar desde terça-feira (8). Em Sorocaba, seguindo o suposto “retorno gradual de SP” os alunos da Escola Estadual Professora Ana Cecília Martins participaram de rodas de conversa, atividades esportivas e contribuíram com o planejamento das atividades de acolhimento que vão abranger os demais estudantes da unidade. Ou seja, correm risco de vida para ajudar o estado a encontrar soluções para impor o retorno.

As datas marcadas representam os velórios de milhares de jovens do País, principalmente dos oriundos das famílias mais esmagadas da classe trabalhadora, que não possuem – em muitos casos – ao menos papel higiênico em suas escolas. Por isso, os estudantes em aliança com os trabalhadores, precisam se organizar para o cancelamento imediato do calendário acadêmico. Essa medida, que já foi alcançada parcialmente em algumas instituições é essencial para impedir uma escalada da privatização e do genocídio. Uma greve geral da educação nunca foi tão necessária, entretanto, só com a mobilização de toda comunidade escolar ela será possível. 

Volta às aulas só com vacina! Pelo Fora Bolsonaro e todos os seus aliados genocidas que pretendem, agora, mutilar a juventude brasileira! 

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