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Genocídio em São Paulo

Escolas públicas de SP têm 329 casos de COVID-19 em seis dias

Dória, o "científico", mostra que é um assassino tão perigoso quanto o fascista Bolsonaro. De civilizada, a direita tem nada.

O plano do governador João Doria, o científico, de matar os trabalhadores da educação, parece estar funcionando. Na semana passada, 329 casos da COVID-19 foram confirmados entre os educadores de 186 escolas públicas do estado, segundo levantamento feito pelo Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (APEOESP).

Pela proporção entre trabalhadores da educação e alunos, não é absurdo cogitar que o número de alunos infectados é bastante maior. Se levarmos em conta os familiares dos trabalhadores e dos alunos, além das pessoas que tiveram contato com eles no transporte e nas ruas, os números serão a prova definitiva de que a reabertura das escolas é uma política genocida.

Sete funcionários das escolas públicas do estado de São Paulo já morreram desde a reabertura. Culpa clara e óbvia do “tucano matador de professores”, João Doria. Ele é o principal articulador desta matança no estado mais rico da federação. Na capital, tem o apoio fiel de Bruno Covas, cujo sobrenome não poderia ser mais adequado.

Após a farsa da vacinação, na qual pouquíssimas pessoas receberam a primeira dose, João Doria continua sua marcha descontrolada para matar a população pobre de São Paulo. Isto deixa saliente que a direita civilizada é tão bárbara e assassina quanto a direita bolsonarista. Até pelo fato dos “civilizados” e “científicos” terem apoiado irrestritamente a eleição de Bolsonaro e aplicarem integralmente sua política de volta às aulas.

O “fechamento” feito por Doria, em parte de 2020, foi feito para tentar controlar a doença na classe média, enquanto a população pobre sofria, na pele, os efeitos da doença e do desemprego. Agora, que os tubarões capitalistas da educação privada, quase falidos, pressionam pelo retorno, Doria e os demais prefeitos e governadores científicos trabalham incessantemente para colocar todas as crianças e jovens dentro de salas de aula para se contaminarem.

Para justificar a reabertura das escolas, Doria e seu fiel comparsa, Bruno Covas, retiraram qualquer restrição sobre o funcionamento de bares e restaurantes. Afinal, ficaria muito estranho bares e restaurantes com limitações, enquanto as escolas estariam escancaradas. Além disso, a volta às aulas é o principal meio pelo qual a burguesia coloca a economia de volta para girar, pois os milhões de estudantes despejados nas ruas significam milhões de clientes em potencial para o comércio, possibilitando assim a volta – ao menos parcial – de uma gigantesca taxa de lucro dos bancos.

Até mesmo as escolas particulares, que incentivaram o retorno, já começam a suspender aulas e gerar soluções mirabolantes para lidar com o aumento do número de infectados. A chamada “terceira onda”, repleta de mutações mais agressivas da doença, volta a ceifar a pequena burguesia que pressionava pelo retorno às aulas.

A situação nas escolas públicas é bastante pior que nas particulares. Historicamente, as escolas públicas do Brasil inteiro sempre tiveram falta até mesmo de itens básicos, como sacos de lixo, mesas, cadeiras, giz, pratos, talheres etc. Pelo Brasil inteiro, multiplicam-se relatos de escolas que nem pias para os alunos têm. Escolas com milhares de alunos sem estrutura alguma.

Além disso, os alunos mais pobres geralmente precisam utilizar o transporte público superlotado, onde os passageiros ficam espremidos como sardinha em lata.

O retorno às aulas proposto pelos governadores “científicos” e “civilizados” é um genocídio planejado contra a população mais carente.

Dória, Bolsonaro e todos os demais golpistas sabem muito bem do impacto que ocorrerá na educação com o retorno às aulas presenciais. Por isso, trabalharam bastante para que fosse oferecida, da pior maneira, as aulas não-presenciais, de modo a tentar construir em alunos e professores o desejo pelo retorno presencial, mesmo sem vacina. Todavia, apesar de tudo isto, o povo tem a mais pura e completa noção de que estes direitistas são os grandes sabotadores e inimigos da educação. Por isso, a juventude e os trabalhadores da educação de todo Brasil se colocam contra o retorno às aulas presenciais.

Diferente da lorota contada por entidades, que deveriam representar os estudantes, de que deve haver o “retorno seguro”, o povo sabe muito bem que o único retorno seguro é com vacina para todos, quando a população já tiver sido imunizada e, portanto, a pandemia superada.

É preciso dar todo apoio aos professores em greve em São Paulo e no Brasil inteiro. A juventude e os pais dos alunos precisam se mobilizar e mostrar que não aceitarão o lixo que lhes é imposto pelo governo dos golpistas. Os professores precisam aumentar o número de escolas paralisadas e agregar mais trabalhadores à greve, precisam parar as instituições e evitar o genocídio por meio de piquetes. Além disso, aglutinar os professores de maneira organizada, a APEOESP e os sindicatos de educadores municipais, como o Simpeem da capital paulista (que aderiu à greve), precisam realizar assembleias presenciais, para evitar as manobras dos pelegos e oportunistas como é o caso do PSOL, que votou contra a greve.

Prefeituras do Brasil todo, como a de Feira de Santana, na Bahia, que continuam recebendo os repasses do Ministério da Educação, cortaram salários de professores e demitiram diversos temporários e terceirizados. Deve-se lutar pela readmissão de todos os demitidos durante a pandemia e pela entrega de cestas básicas para os estudantes carentes.

Em São Paulo, é necessária uma grande mobilização para derrotar o plano genocida de volta às aulas e, mais ainda, para derrubar os tucanos Doria e Covas. Fora Doria! Fora Covas! Fora Bolsonaro e todos os golpistas!

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