O governo golpista de João Doria, do estado de São Paulo, está preparando um ataque em larga escala conta os professores da rede pública estadual. O governo quer impor o chamado modelo de escola de tempo integral, as chamadas PEI.
A Resolução 44 da Secretaria Estadual de Educação, publicada no dia 10 de setembro, determina que todas as escolas que tenham ensino médio se integrem ao modelo. Longe de apresentar uma melhoria no ensino, a proposta aprofunda mais a situação precária do ensino público em São Paulo.
As escolas de tempo integral serão parte de um projeto independente da rede estadual de ensino. Nesse sentido haverá uma norma diferenciada para os professores, dentre elas o fim da estabilidade. Para se manter na PEI o professor terá que passar por uma série de avaliações, chamadas de “credenciamentos” que serão feitos pela direção da escola, pela supervisão. O professor que obtiver “baixos resultados”, será dispensado.
O que já ocorre nas atuais Escolas de Tempo Integral, onde os professores são constantemente avaliados, submetidos a chantagens e pressões por parte das direções, será aprofundado ainda mais. Vale destacar ainda que essas avaliações nada tem a ver com a qualidade da aula dos professores, mas, sim, se o docente segue a cartilha imposta pelo governo tucano, se não é grevista, se engole goela abaixo as imposições do governo estadual. É importante frisar também que isso é um pretexto para um verdadeiro processo de demissão em massa, para um “enxugamento” do funcionalismo, aos moldes da política neoliberal. Isso sem falar que a proposta abre as portas para uma caça às bruxas contra aqueles professores que se mobilizarem contra os desmandos do governo.
De acordo com a resolução, nem mesmo os diretores de escola escapariam deste processo, o que servirá para manter as escolas nas mãos de verdadeiros carrascos, alinhados diretamente a política tucana de destruição da rede pública.
Os professores que não aceitarem integrar o projeto serão removidos “para a escola geograficamente mais próxima”, onde tenha vaga de acordo com o cargo do docente. Ou seja, o professor pode ser obrigado, geograficamente, a dar aula em outra região do estado, tendo que sair de sua cidade de origem.
A proposta é um ataque gigantesco à categoria, a qual, nos últimos anos, vem sofrendo com a política golpista de desmonte do ensino: salários defasados, superlotação de salas, fechamento de salas de aula, falta infraestrutura básica etc.
É preciso mobilizar os professores contra este projeto e os demais ataques promovidos pelo governo estadual em conluio com o governo golpista federal de Jair Bolsonaro. É preciso sair às ruas, aprovar a greve da categoria contra o governo golpista de João Doria e Bolsonaro