Nesta quarta (8), o golpista Jair Bolsonaro disse, em coletiva de imprensa, que o projeto “Escola Sem Partido” já está em funcionamento, mesmo sem lei específica. Segundo o fascista presidente ilegítimo:
“Já tem impresso nos cadernos o que o aluno tem direito. Se o professor quer falar que o PT é legal, o aluno pode falar o contrário sem ser perseguido.”
Bolsonaro ainda afirmou que a prova do ENEM deveria fazer uma releitura sobre o período da ditadura militar:
“Em vez de falar o que aconteceu de verdade de 64 a 85, publicam mentiras.”
A declaração é sintomática pois o projeto “Escola com fascismo” (verdadeiro significado do projeto “Escola sem partido”) já está sendo aplicado. Mesmo sem a aprovação, a perseguição aos professores se intensificou muito em todo o país após a “eleição” de Bolsonaro. São várias as denúncias de educadores sofrendo assédio no interior das salas de aula, sendo intimidados por meio de filmagens e até mesmo presos, como ocorreu no Espírito Santo, onde um professor foi levado à delegacia por discutir política com um colega de trabalho.
Ou seja, diferente da mentira que a extrema direita propaga, quem está sendo perseguido dentro das escolas são os professores e a esquerda. É preciso que os professores se organizem por meio dos comitês de luta e reajam à censura, contra a ofensiva da direita fascista sobre a Educação.
Nunca é demais lembrar que o Escola Sem Partido é a opção da doutrinação ideológica da direita, pois acusam a esquerda de querer a doutrinação por lutar contra a falácia desse projeto fascista. Os direitistas utilizam desse lema para propagar de maneira mais profunda nas escolas sua posição ideológica.
O que eles querem é a escola com fascismo nas escolas do todo país, pois acabará com toda a liberdade do professor em debater todo e qualquer tipo de tema nas escolas. Querem que as crianças e estudantes cantem o hino nacional relacionando-o a um governo de extrema-direita e sigam como pequenos capachos os direitistas conservadores.
É de suma importância combater o projeto da escola com fascismo e isso não será possível através das instituições do Estado burguês, mas apenas com a força da classe trabalhadora em mobilização nas ruas. Assim, a esquerda precisa acordar de seu sono profundo e entrar nesse enfrentamento mobilizando, cada vez mais, a juventude e a classe trabalhadora.
O governo Bolsonaro quer impor a Escola Sem Partido com o intuito de assediar professores, estudantes e trabalhadores da educação e colocá-los na defensiva. Diante desta situação, é imprescindível enfrentar a direita e colocar os fascistas para correr das escolas e a única forma de fazer isso é através da formação de comitês de autodefesa com uma ampla mobilização por parte de pais, mães, estudantes, funcionários e educadores.





