O movimento Escola sem partido aproveitando a tentativa de levantar ainda mais a cabeça da direita com o ato bolsonarista de 15 de março, divulgou nota onde ataca o Professor de Educação Física e diretor da Faculdade de Educação da USP, o Prof. Dr. Marcos Garcia Neira, acusando-o de doutrinação ideológica.
A direita ataca o professor se utilizando do site da Univesp (Universidade Virtual do Estado de São Paulo) no seu link do curso de Pedagogia em modalidade EAD(Ensino a distância), no qual o mestre é um dos responsáveis por tal cadeira, onde o professor anuncia a proposta pedagógica do curso e veicula vídeos como o vídeo publicado no youtube , “O corpo do gordo é obra prima”.
Além disso o site do Escola com fascismo acusa o professor de que o objetivo da proposta não é abordar aspectos pedagógicos da Educação Física, mas criticar a concepção tradicional da disciplina(de direita e acrítica) e empregá-la como instrumento de engenharia social. Onde na verdade o que a direita esconde é que as propostas pedagógicas mais alinhadas com a direita, como é a chamada proposta tradicional, não podem ser criticadas. Ou seja, a escola sem partido é a escola também sem críticas à direita, sem críticas ao preconceito, ao racismo, aos governos que destroem as condições de vida e escravizam a população, entre outros.
Como já dito por este jornal em outras ocasiões o Escola Sem Partido é a opção da doutrinação ideológica da direita, pois acusam a esquerda de querer a doutrinação por lutar contra a falácia desse projeto fascista. Os direitistas utilizam desse lema para propagar de maneira mais profunda nas escolas sua posição ideológica.
No entanto, diferente da mentira que a extrema direita propaga quem está sendo perseguido dentro das escolas e universidades são os professores e a esquerda. É preciso que os professores se organizem por meio dos comitês de luta e reajam à censura, contra a ofensiva da direita fascista sobre a Educação.
Mesmo sem a aprovação em muitas câmaras de vereadores, assembleias legislativas e no Congresso Federal, a escola com fascismo vem se implementando nas escolas de todo país (inclusive com a abertura de dezenas de escolas militares), pois acabará com toda a liberdade do professor em debater todo e qualquer tipo de tema nas escolas e nas universidades, neste sentido também é a colocação de doutrinação pelo “Escola sem Partido” no caso do Diretor da faculdade de Educação da USP.
A perseguição aos professores se intensificou muito em todo o país após a “eleição” de Bolsonaro. São várias as denúncias de educadores sofrendo assédio no interior das salas de aula, sendo intimidados por meio de filmagens e até mesmo presos, como ocorreu no Espírito Santo, onde um professor foi levado à delegacia por discutir política com um colega de trabalho.
É de suma importância combater o Escola Sem Partido, ou seja, a escola com fascismo. Mas como? Com a força da classe trabalhadora em mobilização nas ruas, não fugindo do enfrentamento, mas mobilizando cada vez mais, a juventude, as mulheres, os negros e toda a classe trabalhadora contra o fascismo dentro e fora das escolas. Portanto, se faz necessário expandir as palavras de ordem FORA BOLSONARO nos próximos dias 14, 15 e 18 de Março nas grandes manifestações de luta da classe trabalhadora e da educação, marcadas para estas datas.