A redação do Diário da Causa Operária recebeu recentemente denúncias de que algumas escolas do campo dentro de assentamentos e acampamentos ligados ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) estão recebendo “visitas” de integrantes da Policia Federal (PF).
Recentemente um acontecimento semelhante se deu nas aldeias e ocupações indígenas do Rio Grande do Sul, onde o Conselho Indigenista Missionário (CIMI) denunciou que o Exército e a PF estavam entrando nas aldeias e perguntando sobre o dia-a-dia dos indígenas e conflitos fundiários.
Essa ação da PF vem de encontro com as ações da extrema-direita para implementar a “escola sem partido” em todo o território nacional para instaurar uma verdadeira caça às bruxas contra os professores enquanto os golpistas destroem a educação.
Segundo os dados do próprio MST existem mais de duas mil escolas em acampamentos e assentamentos por todo o Brasil, além de escolas itinerantes para garantir que crianças e adolescentes tenham acesso à educação enquanto estão acampados e seus pais estão na luta por um pedaço de terra.
A tentativa de intimidação do MST e de professores das escolas do campo realizadas pela PF é uma política deliberada do fascista Jair Bolsonaro. O fascista afirmou em outubro, durante as eleições, que quer “colocar um ponto final nas escolinhas do MST. A bandeira que eles hasteiam não é a verde e amarela, é a vermelha com uma foice e um martelo. Lá, eles não aprendem o Hino Nacional, eles aprendem a Internacional Socialista. Eles estão formando uma fábrica de guerrilheiros no Brasil”.
Bolsonaro quer a mais ampla repressão sobre os movimentos do campo e, em particular contra o MST, pois quer imobilizar qualquer tentativa de oposição aos ataques que pretende realizar contra a população. A ação da PF é para intimidar, reprimir e controlar os professores e a juventude, impor o obscurantismo nas escolas e têm desdobramentos significativos sobre toda a classe trabalhadora e oprimidos do País.