No dia 19 de dezembro, a primeira-ministra da Escócia, Nicola Sturgeon, anunciou que o País irá pedir a separação do Reino Unido já em 2020. Após a última eleição no Reino Unido, o Partido Nacionalista Escocês conseguiu 48 das 59 cadeiras disponíveis para a Escócia no parlamento britânico.
No ano de 2016 um plebiscito sobre o assunto já havia sido realizado. Plebiscito este que sofreu com inúmeras acusações de ter sido fraudado para que a Escócia não se separasse. Durante o período da votação do plebiscito, para tentar impedir a independência a imprensa se utilizou do fato de que o Reino Unido fazia parte da União Europeia. Agora, com o Reino Unido saindo da União Europeia com o Brexit, a Escócia deseja a independência. Os escoceses votaram em sua maioria contra o Brexit, o que por si só já demonstra como a medida é impopular no país.
Até o final do século XX, havia alguma vantagem em os países que formam o Reino Unido permanecerem dentro dele. No entanto, a partir do momento em que a Inglaterra perdeu colônias importantes, como a Índia, e com a crise geral do capitalismo se acentuando a partir de 2008, essas colônias um pouco mais desenvolvidas sentiram a necessidade de se tornarem independentes.
O referendo a ser solicitado vem de encontro com mobilizações realizadas pelos escoceses no início de setembro e deve sofrer resistência por parte do congresso britânico recém-eleito. No entanto, ao que tudo indica a crise dentro do Reino Unido tende a se acentuar, com a população escocesa clamando pela independência de seu país.
Outros países como o País de Gales e a Irlanda do Norte também devem intensificar sua luta pela separação em um período próximo.