Escola ou cemitério?

Escândalo: Doria manda alunos para escola com álcool gel vencido

As crianças não podem perder a sua formação, mesmo que para isso, percam sua vida!

O governador golpista de São Paulo, João Doria (PSDB), tentando mais uma vez voltar às aulas contra a decisão dos próprios educadores, do sindicato dos professores (Apeoesp), da maioria esmagadora dos pais ouvidos, dos adolescentes conscientes da condição da pandemia, da própria justiça e dos funcionários, emitiu termos de responsabilidade às famílias de estudantes da rede estadual de ensino em que se exime totalmente de responsabilidade caso crianças e adolescentes sejam contaminados pela covid-19 nas escolas. 

No último dia 29, o juiz de Direito Antonio Augusto Galvão De França, de SP, deferiu a liminar e suspendeu o retorno às aulas presenciais da educação infantil no âmbito da rede pública municipal. A decisão atende a um pedido do Sedin – Sindicato dos Trabalhadores Nas Unidades de Educação Infantil da Rede Direta e Autárquica do Município de SP.

Sobre o documento de guerra contra a categoria, que, logo no planejamento das aulas já foi obrigada a fazê-lo presencialmente, com salas lotadas, sem ventilação adequada, recebendo álcool gel vencido em algumas cidades, se colocando em risco de contaminação, prevê para o retorno do aluno às aulas presenciais que, “em caso de contaminação com a covid-19, me responsabilizarei inteiramente com os cuidados necessários, uma vez que o vírus circula em todos os locais e não somente na escola”.

Semelhante ao que foi divulgado na primeira tentativa de volta às aulas em São Paulo, em setembro do ano passado, quando o governo Doria disse não ter sido elaborado pela Secretaria de Estado da Educação, o documento é um escárnio! 

Exigindo que os familiares se responsabilizem por garantir que o estudante vai seguir “as orientações diárias que receberá dos funcionários da escola”, o documento não comporta a realidade de crianças, adolescentes, seres extremamente dinâmicos, dentro de uma sala de aula com condições ideias para proliferação do vírus e sem a estrutura de pessoal para atender ao caos que irá acontecer. 

Primeiramente, é preciso denunciar aqui que para qualquer trabalhador, que continuou acordando às 5 horas da manhã na capital de São Paulo, durante toda a pandemia – pois se não fosse trabalhar morreria de fome -, é completamente absurdo discutir este assunto em meio aos milhares de mortos por dia, em um país que não tem nenhuma estrutura para controle da pandemia. Nem nos hospitais haviam testes, máscaras para o povo, álcool gel, respiradores, e também sobre o científico, Doria, não há vacinas! Sendo assim, como poderíamos ter condições nas salas de aulas? 

Isso demonstra que os governantes não são “gestores”, “empreendedores”, ou qualquer coisa do tipo, mas sim, assassinos. 

Em segundo lugar, é necessário ressaltar o cinismo dessa direita que quer colocar na cabeça das pessoas que voltar às aulas agora é de suma importância para o bem dos jovens. Sim, pois, para os capitalistas, seria perdida toda uma geração de escravos, saídos “direto do forno”. Ou ainda pior, os pais que estão em casa cuidando dos filhos, precisam voltar imediatamente a produzir, e para isso, as crianças precisam estar nas escolas, para que, desta forma, a economia que gira em torno da educação também volte a funcionar. 

Tudo para os capitalistas está ligado ao lucro e não às vidas da população. 

As crianças não podem perder a sua formação, mesmo que para isso, percam sua vida!

Sobre a suposta gestão da situação, há relatos de pais que denunciam não terem recebido qualquer informação anterior, somente uma comunicação para se dirigir à escola, onde descobriram que a convocação era para decidir sobre a volta às aulas dos filhos.

“Não tem condições de tomar uma decisão dessa desse jeito. E ainda que a gente assuma toda a responsabilidade, é seguro ou não é? Se o governo diz que é seguro, porque eu tenho que me responsabilizar integralmente se meu filho for contaminado? Além disso, tem uma série de condições que a gente não conhece, que precisava ter informação antes. Mas a gente chega e tem que assinar, dizer se vai ou não e pronto”, reclamou uma mãe de aluno que pediu para não ser identificada.

Diferente da propaganda do “governador científico”, o que vemos é um dos estados mais populosos e ricos, novamente na fase vermelha e parte na fase laranja da quarentena. Mesmo assim, pretende-se ter nas salas  até 35% dos estudantes por turno, no atual período, na fase amarela, até 70% e na fase verde, 100%, sem vacina e com novas cepas do vírus se espalhando como fogo em palha pelo país.. 

O tucano fascista diz ter investido R$ 1,4 bilhão na adequação das escolas, porém, os relatos dão conta do contrário.

“Não tinha necessidade disso. O governo quer se vingar dos professores, fazendo a gente se expor para isso. Era perfeitamente possível fazer o planejamento com uma reunião online”, disse uma professora que pediu para não ser identificada.

Seguindo as ordens criminosas dos imperialistas

Em maio na França:

Apenas após 5 dias da retomada às aulas para 40 mil escolas do ensino primário, cerca de 70 novos casos foram registrados entre estudantes, professores e técnicos.

O ministro da educação, Jean-Michel Blanquer, reconheceu que o retorno expôs crianças à contaminação. O governo anunciou que fechará somente as escolas que tiverem registros de novos casos.

Nesta segunda (18) cerca de 150 mil alunos do ensino médio retornaram às aulas. A França tem até o momento 142.411 infectados e 28.108 mortes.

Em setembro na França:

Desde do dia 1º de Setembro, quando as aulas retornaram na França, já foram apuradas cerca de 250 suspeitas ou confirmações de casos de Coronavírus nas escolas.

Após as voltas às aulas na França, o país europeu fechou vinte e duas escolas, dez delas na ilha da Reunião, território ultramarino francês, por conta dos novos casos de contaminações pela Covid-19 após três dias da reabertura das instituições de ensino. Ao total, 100 salas de aulas foram fechadas por apresentarem pelo menos 1 caso confirmado de contaminação por Coronavírus.

Em janeiro de 2021, a mesma atitude tomada pela terceira vez, deixa claro: não é um erro, é uma política

Os estabelecimentos de ensino reabriram a quatro de janeiro e, mesmo com o agravamento da situação pandémica, o ministro da educação, Jean-Michel Blanquer, já disse que estas “serão as últimas a fechar”. Mas o reforço das medidas está em marcha e, para além do uso de máscara obrigatório a partir dos seis anos, vai haver maior controle nos contatos de risco.

Doria, assim como Macron, Merkel, Biden, aparecem como grandes democratas que lutam bravamente contra o coronavírus, mas, na verdade, estes ditos “Santos da Vacina”, estão promovendo um genocídio de Estado. Não pretendem vacinar o povo e são os principais responsáveis pela morte de milhões no mundo, e em São Paulo, 50 mil, na medida em que promoveu a reabertura.

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