No Equador, após investigações iniciadas por 53 auditorias como consequência de alegações de corrupção na área da saúde, setor em evidência por conta da pandemia do coronavírus, a Controladoria Geral reuniu informações e provas de sobretaxas em suprimentos médicos, tais como máscaras e protetores faciais, e que atingem de 400% e 9000%, respectivamente.
Pablo Celi, controlador-geral de Estado do Equador, responsável pelas auditorias realizadas, informou nesta segunda-feira que durante as investigações de excedentes dos custos referentes a este material que apontam para o percentual excessivo
Na revisão dos contratos, as auditorias incluíram governos autônomos, descentralizados, provinciais e locais, empresas públicas como a rede hospitalar do Ministério da Saúde, e o Instituto Equatoriano de Seguridade Social (IESS).
Enquanto a procuradoria se ocupa com a formalização de processo administrativo, setores oficiais da Saúde no Equador divulgaram, nesta segunda (11) 29.509 casos confirmados, e pelo menos 2.145 de um total de 3.631 mortes, tiveram resultado positivo de coronavírus, o restante de 1.486, ainda que sem confirmação foram apontadas como também mortes prováveis pelo Covid-19.
Lenín Moreno, presidente golpista do Equador, que no início de abril veio a público para se desculpar pelo fato de haver contradição entre os dados fornecidos pelo governo e o que podia ser visto de fato na realidade, quando já não era mais possível esconder tantos corpos espalhados pelas ruas e deixados em suas casas, sem a consequente prestação de serviço estatal devida pelo seu governo em função do colapso do sistema. Tudo isso foi deixando muito claro e evidente, que a subnotificação de infectados e os mortos pelo coronavírus, na verdade escondia um plano macabro e genocida para saquear o Estado e entregá-lo ao imperialismo estadunidense às custas da desgraça do povo.
O caso chamou muita atenção depois que foi comprovado que o governo fascista preferiu pagar a dívida com o FMI, a ter que prover o sistema de saúde com todo material e equipamento necessário para garantir condições adequadas de atendimento da crescente demanda decorrente da pandemia. E, em razão disso, um outro processo também já havia sido deflagrado pela denúncia formalizada pela Federação Nacional de Advogados do Equador, por suposto delito de extermínio, e que responsabilizava, além de Moreno, também a Ministra do Governo, María Paula Romo, e o Ministro das Finanças, Richard Martínez.
Com o sistema saturado e em completo colapso, o povo equatoriano chora com a indiferença do governo, as muitas mortes, e diante das muitas imagens divulgadas pela mídia local revelando centenas de cadáveres espalhados pelas ruas, e pilhas e mais pilhas de caixões nos hospitais e sendo carregadas por carros aos cemitérios, sem qualquer cerimônia ou deferência, tal o ponto em que chegaram.