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Equador

Imperialismo dá prosseguimento ao golpe continental

A política dos grandes monopólios é impor governos de direita

O resultado eleitoral no Equador é um claro sinal de alerta a todos os trabalhadores e a toda a esquerda na América Latina. Guillermo Lasso, candidato da direita e dos banqueiros, venceu Andrés Arauz em uma grande fraude para que o golpe iniciado em 2017 seja mantido e aprofundado.

No Equador, a esquerda tentou derrotar a política neoliberal e repressiva de Lenín Moreno – que traiu Rafael Correa naquilo que foi, na prática, um golpe de Estado. Mas essa tentativa foi puramente eleitoral. Tal como ocorreu em vários outros países nos últimos anos, como no Brasil em 2018, no Uruguai em 2019, em três ocasiões em Honduras desde 2009, etc.

Em alguns países, como Argentina, México e Bolívia, há uma aparência, promovida pela propaganda da própria direita imperialista e da esquerda pequeno-burguesa, de que a política da direita golpista foi revertida. Isso porque presidentes de esquerda, ainda que muito moderados foram eleitos.

Os eleitos, em geral, como é o caso de Alberto Fernandez, representam um acordo da esquerda nacionalista com o imperialismo.

Mas esses casos não foram nem de longe semelhantes à chegada ao poder dos governos de esquerda no início deste século. Naquela ocasião, o nacionalismo chegou ao governo devido a uma ampla mobilização de massas de características revolucionárias.

Desta vez, esses governos se elegeram em meio a uma política generalizada de implantação de regimes golpistas pelo imperialismo no continente latino-americano. Não há uma reversão do golpe, como acredita uma parcela da esquerda. O Equador comprovou isso.

Há um aprofundamento. Foi uma imposição do imperialismo a vitória de Lasso. O imperialismo se esforçou para colocá-lo na presidência. Apesar de a esquerda ter oferecido um candidato “palatável”, o imperialismo não o escolheu, porque sua necessidade é de uma política extremamente agressiva. Por isso elegeu Lasso, um banqueiro que beira a extrema-direita.

No mesmo dia do segundo turno no Equador, ocorreu o primeiro turno no Peru. Keiko Fujimori, filha do ditador fascista Alberto Fujimori (1990-2000), vai ao segundo turno. Sua política é igualmente de extrema-direita que a de seu pai e ela possivelmente receberá o apoio de toda a direita de conjunto para se eleger. Isso indicaria que o imperialismo está disposto a colocar a extrema-direita mais genocida no poder, como fruto natural dos golpes.

O imperialismo está trabalhando a todo o vapor para impedir a volta da esquerda ao poder. Isso também é natural, visto que ele a retirou do governo de quase todos os países da região, a fim de aplicar uma política de choque contra os trabalhadores.

A estratégia da esquerda, de tentar a conciliação com a burguesia golpista, mostrou-se novamente fracassada. A via eleitoral e a aposta nas instituições são igualmente hostis à esquerda, uma vez que estão dominadas pelo golpe.

No Brasil, onde haverá eleições em 2022, a esquerda precisa aprender as lições recentes de nossos vizinhos. Será um dos maiores equívocos das últimas décadas buscar uma aliança com o PSDB, o DEM e o MDB para vencer Bolsonaro. Isso terminará por reeleger Bolsonaro.

A via para derrotar o golpe e a direita não é a institucional, mas as ruas. É preciso incentivar a convulsão social, esboçada no Equador, no Chile, na Bolívia, no Peru e no Paraguai recentemente. É preciso gerar uma intensa crise através da mobilização revolucionária das massas, como no início dos anos 2000 em diversos países do continente. Esse é o caminho para enfrentar e derrotar o golpe imperialismo.

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