Após o estouro da greve dos policiais militares no estado do Ceara, o conflito tomou grandes proporções, evolvendo a população da região e setores da burguesia local.
O ponto alto desta crise foi quando após grupos se organizarem para fechar o comércio local e pressionar a população em nome da mobilização policial, o irmão de Ciro Gomes, o senador Cid Gomes, entrou diretamente em confronto com os grevistas, representando os interesses de um outro setor da burguesia cearense.
Este conflito físico, fez com que Cid Gomes levasse dois tiros em seu peito, que o levaram a ser internado no hospital. O fato em si é um sintoma já mais extremo da crise de grandes proporções que se desenvolve no país.
Os órgãos de opressão estão com conflitos internos, e a burguesia brasileira luta entre si. Porém, após tais eventos, o governo nacional, comandado pelo fascista Jair Bolsonaro, decidiu intervir diretamente na situação, levando as Forças Armadas Nacionais, para controlar a crise.
As declarações de Bolsonaro, ao dizer que “o bicho vai pegar” deixam claro que a intensão do fascista é realizar uma escalada na repressão por todo estado do Ceará. Além disso, o mesmo informou a necessidade imediata de se dar carta branca para os militares, informando que ao chegar no estado, os mesmos vão entrar em uma guerra nas cidades, contra tudo e todos que considerarem inimigos.
Assim, como mesmo diz o fascista, muitos inocentes virão a ser mortos, e os militares farão uma repressão gigantesca durante seu período no estado, denotando dessa forma não apenas a intensão do governo federal em reprimir brutalmente a população local, como também de fazer um ensaio organizado de uma intervenção militar real, de um pré-estabelecimento de uma ditadura.
Jair Bolsonaro junto as forças armadas, estão se aproveitando do caos presentes no Ceará para intervir militarmente e aprofundar o estado ditatorial de seu governo. Com isto, veremos em muitos outros lugares ações semelhantes, dando uma declaração visível para quem quiser ouvir, de que Bolsonaro prepara uma ditadura em todo país.
Camilo Santana, governador estadual pelo PT, comete o erro de chamar o secretário nacional de Segurança Pública e responsável pela chefia da Força Nacional, general fascista Guilherme Theophilo, do qual foi seu adversário nas últimas eleições pelo PSDB, para agir com os militares no estado.
Esta medida, é um passo a frente para o estabelecimento de uma ditadura no Brasil, e por isso deve ser amplamente denunciada e combatida pela esquerda.