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Campinas

Entrevista: Edson Dorta, candidato do PCO a prefeito de Campinas

O foco dos candidato é usar as eleições como uma tribuna de luta dos trabalhadores

O Partido da Causa Operária lançou , em Campinas, a candidatura à prefeitura da cidade de Campinas, do militante Edson Dorta.

O programa eleitoral é o mesmo a nível nacional, não difere em nada do proposto pelo PCO todos os dias, é um programa de luta da classe operária contra a burguesia. O partido denuncia o controle e manipulação total do processo eleitoral no Brasil e, por isso não tem ilusões, nem intenção de ser eleito. Sendo assim, as candidaturas lançadas pelo partido não possuem um caráter individual, mas giram em torno de uma política unificada e da defesa das mesmas propostas.

Edson Dorta que já compôs a chapa à vice-presidência da república em 2010, atua no partido há mais de 20 anos e nesta entrevista, o companheiro comenta desde a sua trajetória na militância política, até as perseguições fraudulentas da burocracia burguesa em várias as instâncias.

Dorta teve o início da sua militância em 1987, no movimento estudantil através do grêmio do colégio a Culto a ciência. Depois teve seu ingresso no Partido dos Trabalhadores (PT), entrou no DCE da PUC e posteriormente, no movimento sindical dos correios – que atua até hoje.

Em 1997 Dorta conheceu o Partido da Causa Operária (PCO),em uma disputa contra o PCdoB no DCE da PUC onde o PCO participou apoiando a chapa. Na época, a chapa havia realizado uma consignação e crédito de pagamento em juízo, apreendendo mais de 2 milhões de reais da PUC, resultando na contratação do PCdoB pela universidade, para retirar a chapa de Dorta.

A partir de 1998, Dorta ingressa no PCO como militante.

Desde 1994 trabalhando nos correios, chegou a vice-presidente da CIPA, delegado sindical, e depois na direção sindical dos correios. O partido tinha uma atuação forte nos movimentos nacionais do Correios, o que levou o PCO a participar dos congressos nacionais da FENTECT com a quantidade significativa de delegados, e posteriormente, participando da direção nacional da entidade.

Em 2003, Dorta relembra que o partido se organizou contra a burocracia que controla a entidade – que era ligada ao PCdoB, PT e PSTU – conseguindo estabelecer através da chapa organizada, o direito do PCO direito à secretária geral, naquele mesmo ano.

Depois desse fato, o partido conseguiu se mobilizar para uma oposição em vários estados, conseguindo através de eleições algumas regiões. Através dessa oposição, em 2012 o partido reconquistou a direção da Fentect, tornado Dorta o secretário geral da Federação, no mesmo ano.

Em 2015, houve o congresso para a renovação da diretoria, mas a entidade juntamente com o PSTU, fraudaram a maioria das assembléias dos pais, gerando uma proposta do PCO para que o congresso fosse anulado e refeito outro, devido a notoriedade da fraude praticada. Mas a burocracia do PT e PSTU tiveram de retornar a entidade, uma vez que um sindicato de MG se aliou aos partidos, participando assim da fraude que foi a eleição da diretoria em 2015. Essa burocracia está há mais de cinco anos na diretoria da Fentect, retroagindo todas as conquistas da classe trabalhadora e desde então, tem se formado uma oposição por meio dos Ecetistas em Luta, com o objetivo de derrubar essa burocracia instalada e para a organização de uma direção classista na federação.

Dorta também lembra da perseguição que o partido sofre por parte do TSE, a mais aberrante de todas em 2006, quando o ministro do STF Marco Aurélio de Melo, impugnou a candidatura de Rui Costa Pimenta sob a alegação da falta de prestação de contas no ano de 2002 – usaram uma regra de 2004, com efeito retroativo, para não reconhecer a prestação de contas de 2002, manipulando assim a prestação de contas de um partido sem dinheiro. O fato foi uma aberração jurídica, evidenciando o quanto as eleições no Brasil passam longe de uma democracia.
Como o partido estava em recurso, a justiça, não conseguiu impedir a candidatura, só que mesmo assim, os votos dados ao companheiro Rui Costa Pimenta, misteriosamente, desapareceram, nunca foi justificado até os dias atuais o destino desses votos, resultando em uma apuração final de zero votos, ao candidato à presidência da republica pelo PCO, em 2006.

O fato foi um pontapé para uma campanha nacional de denúncia contra o TSE, mais o processo eleitoral burguês, com uma ampla divulgação no horário eleitoral, da tentativa do TSE em calar a voz do partido, em todas as oportunidades – naquela época, ainda era possível o PCO participar do horário eleitoral gratuito, mesmo que em uma fração de segundos.

As denúncias acabou logrando êxitos entre a população que passou a questionar o motivo de tamanha censura, resultando em uma notificação do TSE com a informação de que o partido não poderia mais fazer aquele tipo de propaganda e que o partido “tinha que apresentar propostas”, sob pena da perda do horário eleitoral.
Tal ação, gerou a ideia de apresentar a proposta tão requerida pelo TSE: que os ministros do STF recebesse o cargo na condição de eleições diretas, pelo voto popular, sem as regalias de um juiz vitalício, gerando assim uma grande repercussão na época. A apuração dos votos nunca foi aberta e até hoje, o recurso com esse pedido encontra-se parado em uma das mesas TSE.

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