Priscila Cristina Ebara (44) nasceu em Santa Mariana, interior do norte do Paraná. Residente em Curitiba, cursou Direito, Licenciatura em Artes, trabalhou e se especializou em educação especial, com turmas do ensino médio. Já trabalhou em em recepções, em vídeo locadora, call center, vendedora, e atualmente trabalha com costura e artesanato.
Ingressou no Partido da Causa Operária após as perseguições políticas ao ex-presidente Lula em 2017. Ao assistir a Análise Política da Semana da Causa Operária TV, apresentada por Rui Costa Pimenta, se aprofundou na análise política marxista e por ela, teve contato à Universidade de Férias do Partido no início de 2018, o qual lhe chamou muita atenção, como mãe, pelo espaço de convivência socialista entre militantes, pais e crianças.
Se incorporou ao quadro militante partidário em 2018. Foi coordenadora do estado do Paraná, foi candidata ao governo do Paraná, e é membra do coletivo de mulheres Rosa Luxemburgo. Nesse período em diante se dedicou na organização de atos e caravanas pela candidatura de Lula às eleições de 2018 – “Eleição Sem Lula é Fraude, Eleição Sem Lula é Golpe”. Também da intensa luta contra a prisão e pela liberdade do ex-presidente, marcando presença permanentemente nas atividades e manifestações em frente à Polícia Federal de Curitiba, a masmorra ao qual Lula esteve preso por 580 dias. Atualmente, além de militante, luta pelo Fora Bolsonaro como candidata à vereadora em Curitiba, para tornar esta eleição uma tribuna pelo fora Bolsonaro.
1. Pode falar um pouco sobre sua experiência nas eleições, já que foi candidata em 2018 e está sendo agora novamente. Percebeu um crescimento do PCO nesse meio-tempo?
Sim. O PCO se destacou nas eleições por denunciar a imprensa burguesa, na própria imprensa burguesa, em entrevistas e debates, levantando as contradições dos veículos e das próprias eleições. Denúncias às quais os outros partidos não fazem e que chama muitos à se integrarem à militância do PCO pela admiração e elogio às colocações na imprensa em geral e nas atividades de rua.
Entre as eleições de 2018 e 2020, os ataques são os mesmos, dos fascistas, dos reacionários, da imprensa burguesa, para desqualificar os candidatos do PCO pelo que falamos no sentido de derrubar o golpe. Sempre respondemos à altura aos ataques fascistas e o Partido se mantém sempre firme e com a mesma política de denúncia. O PCO já está mais conhecido. Nas de 2018 o Partido ainda era novidade em Curitiba, mas nessas eleições está mais em destaque, as pessoas em geral conhecem os candidatos do partido, compram o jornal do partido sempre perguntando e elogiando nossa intervenções.
2. Sobre o tratamento da imprensa com relação às candidaturas do PCO. Em 2018, a candidata virou meme após uma entrevista na Band, e imprensa sempre tenta ridicularizar os candidatos do PCO, pode comentar?
Isso aconteceu, dei uma entrevista e virei meme. Isso foi bem explorado pela imprensa burguesa, fazendo programas e me ridicularizando. Esse tipo de atitude é esperado, pelas denúncias que fazemos. Quando tiram o foco do que estamos dizendo e partem para ridicularização como: “olha o que ela está dizendo”, “parece uma menina maluquinha”, etc. É para tirar o foco das denúncias ao serviço porco que eles fazem. Eles ficam acuados e começam aos ataques pessoas, criticando o jeito da pessoa, a cor do cabelo, o corpo da pessoa para que os espectadores comecem uma campanha de ridicularização dos candidatos. A direita não tem defesa diante dos candidatos do PCO. A direita, movimentando a imprensa burguesa, começam esses ataques, que não nos afeta, por estarmos preparados em não dar importância a isso, mas em transmitir a política do partido.
3. Essa entrevista na Band, mostrou que, ao contrário dos partidos tradicionais, o PCO tem candidaturas do povo, pessoas trabalhadoras, comuns. Isso mostra que é um partido operário, não?
Sim, com certeza. Se fosse uma filha de político a ser candidata, teria muitas pessoas me maquiando, me dando instruções para um discurso demagógico, assessorando sobre o tempo de falas e como me posicionar. Eu acho que o meu meme, e os outros candidatos do partido, só corroboram ao que o PCO sempre falou, de que o nosso partido é um partido de pessoas comuns, da classe trabalhadora, com uma renda pequena, que trabalhou em muitas áreas e que quando se candidatam, se candidatam pelo partido, não para fingir ser alguém que não é, fingindo com um discurso qualquer, demagógico, mas como pessoas comuns, transmitindo e divulgando a política revolucionária, que é a política do PCO.