Neste domingo (30), o Coletivo de mulheres Rosa Luxemburgo entrevistou Olímpio Moraes, médico obstetra e diretor da maternidade do CISAM, que atendeu inúmeros procedimentos de aborto legal no Brasil, incluindo o caso recente da menina de 10 anos que era estuprada pelo tio no Espirito Santo. A entrevista foi transmitida ao vivo no TV Mulheres, programa do Coletivo, que vai ao ar todos os domingos, a partir das 19 horas, na Causa Operária TV.
O programa contou com notícias inéditas sobre a história e o trabalho do CISAM nas centenas de procedimentos de interrupção de gravidez realizados e sobre o assédio sofrido pela menina e pelos profissionais da saúde na porta do hospital, onde foram impedidos de entrar pela extrema-direita, que montou uma barreira humana, gritando e chamando-os de assassinos.
O foco da discussão foi a questão da legalização do aborto no Brasil. Durante a entrevista, o médico apontou os desafios encontrados ao longo dos anos para realização dos procedimentos, mesmo em casos assegurados por lei, e como a situação se agravou durante o governo Bolsonaro. Principalmente, após a criação da nova portaria do governo, que tem o intuito de intimidar e coagir as mulheres a não realizarem o aborto, transformando-o em caso de polícia.
Assista ao vídeo na íntegra: