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Eleições do PCO

Entrevista com Jonas Vicente, candidato do PCO em Macaé (RJ)

Cidade de Macaé tem candidato a prefeito pelo PCO. Mais uma opção de luta da classe trabalhadora

O companheiro Jonas, 28 anos, natural do Rio de Janeiro, morador de Macaé e ex-operário de fábrica é o candidato do PCO à prefeitura da cidade litorânea de aproximadamente 250 mil habitantes.

O DCO entrevistou o candidato a prefeito da cidade de Macaé, estado do Rio de Janeiro. Abaixo você confere a entrevista completa.

DCO: Como você conheceu o partido?
Jonas: Entre 2017 e 2018 o PCO apareceu bastante na internet na luta contra o golpe. E eu via o partido como um organismo de ação, diferente dos outros partidos que aparecem na televisão e são mais conhecidos pela população. Como eu não tinha escutado muito sobre o partido, mas sempre via o partido em confronto – inclusive físico – contra manifestantes da direita, eu vi ali um partido que me representava, foi então que entrei para o PCO.

DCO: O que fez você ser um porta-voz do programa do partido em Macaé?
Jonas: Eu não esperava ser candidato porque aqui na cidade o partido é pequeno e tem pouca militância. Aceitei a proposta do PCO para que a população tenha a oportunidade de conhecer melhor o partido. Mesmo que as eleições sejam completamente controladas pela burguesia.

DCO: Qual a percepção da população de Macaé em relação à campanha do PCO? Como elas recebem o programa do partido?
Jonas: Macaé é uma cidade com uma forte classe média. Com uma economia que cresceu em torno da indústria do petróleo, ela possui altos funcionários da Petrobrás, donos de construtoras, hotéis e comércios diversos. A maioria dessas pessoas é direitista e pró-bolsonaro. São elas que promovem os políticos da cidade. Chico Machado, um grande proprietário de terras na região é um dos candidatos, Welberth Rezende e outros tantos donos de comércio na orla, altos funcionários ou filhos de altos funcionários da Petrobrás. Todos apoiados por essa classe média. Por outro lado, existe a população que, assim como eu, precisam se virar e trabalhar de garçom, em mercado e posições com baixos salários. Essas pessoas lembram com carinho da época em que o PT esteve no governo e recebem bem o programa do partido para as eleições com as palavras de ordem Fora Bolsonaro e Lula Presidente.

O candidato do PT aqui na cidade, Igor Sardinha, tem ganhado muita força.

DCO: Muita gente em Macaé usufruiu do bem-estar social da época da valorização da Petrobrás pelo Governo Federal.
Jonas: Sim. Muita gente. Tudo de bom que veio para a cidade veio através do petróleo da Petrobrás. Nos anos 80 e, posteriormente, na era PT, o petróleo impulsionou a economia na região.É muito contraditório que essa classe média queira a privatização da empresa. A classe dominante patrocina candidatos, que, por sua vez, vão até as comunidades do povo pobre e as contratam para balançar bandeira de candidatos que irão continuar esfolando a população.

Muitas pessoas foram demitidas durante a pandemia, inclusive eu fui uma dessas pessoas. Existe muita gente vivendo somente do auxílio emergencial e elas vão receber 50, 60 reais para balançar bandeira de políticos da direita.

DCO: Além da classe média que apoia a burguesia local de Macaé, você vê alguma parte dessa classe média que se identifica com a esquerda, com a candidatura de Lula, contra Bolsonaro? E na classe mais pobre?
Jonas: Na classe média são raríssimas exceções. Você vai encontrar pouca gente que apoia Lula ou uma candidatura de esquerda. Na população pobre existe muita gente que estão apoiando a direita. Alguma coisa fez os trabalhadores que ganham muito pouco acreditarem que a privatização da Petrobrás é bom.

Um exemplo do quanto é ruim a privatização ocorreu recentemente no Amapá, com o apagão geral que o Estado precisou intervir para resolver. Defendemos que a Petrobrás precisa voltar a ser 100% estatal , assim como Eletrobrás, Embraer e todas as empresas estratégias. Sem elas estatizadas não há como retomar a economia.

DCO: Qual atividade do partido está sendo feita durante a campanha em Macaé?
Jonas: Tenho conversado com familiares, parentes, amigos e ex-colegas de trabalho. Eu sempre digo que eu não sou candidato para vencer eleição. É impossível, visto que há vários candidatos com muito dinheiro prometendo várias coisas e comprando voto de várias formas.

Meu papel é propagandear o programa do partido e educar politicamente a população para as armadilhas das eleições.

DCO: Alguma consideração final?
Jonas: De 4 em 4 anos é a mesma coisa, não muda nada. Eu sou um trabalhador comum, assim como meus colegas garçons da orla, o pessoa da obra em que trabalho, sou igual a eles e não vou engana-los. Nunca tive interesse em ser candidato a nada, mas aceitei por acreditar na proposta. O PCO não tem os recursos que a burguesia tem para a campanha, porém é o único partido que representa a classe trabalhadora.

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